Se me perguntassem para eleger um país que se destacou no futebol mundial em 2012, a resposta só poderia ser uma: Espanha. Mais do que nunca, ‘nuestros hermanos’ dominaram com pompa e circunstância. Com a ‘La Roja’ a arrecadar o bicampeonato Europeu, faltou alguém a levar a Liga dos Campeões, que foi parar às mãos do Chelsea. Mesmo assim, ainda não conseguiram beliscar o poderio do Barcelona e o segundo plano do Real Madrid.
A nível de seleções, Espanha continua a dominar largamente. Uma equipa que aplica 4-0 à Itália na final do Euro-2012 dispensa apresentações. Com Casillas, Sérgio Ramos/Piqué, Xavi/Iniesta/Xabi Alonso e David Silva, que mais se pode pedir? Aproveitando um modelo ‘roubado’ ao Barcelona, Vicente Del Bosque só não conta com Lionel Messi. De resto, as mesmas rotinas, o mesmo espírito vencedor, o mesmo domínio. Só a conquista do Mundial-2014 poderá elevar mais ainda esta formação, que parece verdadeiramente imbatível.
Na Liga dos Campeões, o Chelsea de Di Matteo conseguiu levar a primeira Champions League da História para Stamford Bridge. O Barcelona não teve argumentos para desfeitear a defesa e o contra-ataque letal dos blues, nas meias-finais da prova. Já o Real Madrid sucumbiu nos penaltis frente ao Bayern Munique. De qualquer forma, Barça e Real continuam a ser largamente consideradas pelo mundo do futebol as duas melhores equipas do planeta. Com maior ascendente para os primeiros.
Já a Liga Europa provou o valor das equipas de segunda linha da Liga BBVA. Atlético de Bilbau, Valência e Atlético de Madrid estiveram presentes nas meias-finais, acompanhados pelo Sporting, que foi eliminado pelo conjunto basco. Na final, os colchoneros levaram a melhor, erguendo o troféu pela segunda vez em três anos. Como prova do seu poderio, o Atlético de Madrid amassou o Chelsea na Supertaça Europeia (4-1), numa partida em que Radamel Falcao foi herói, com um hat-trick para contar a filhos e netos.
Quando penso em argumentos para justificar o poderio do futebol espanhol nos últimos anos, a resposta parece óbvia. Além de uma geração de luxo, o nosso país vizinho conta com planeamento e aposta na formação. Não é por acaso que o Barcelona continua a espremer a sua cantera (só Daniel Alves é habitual titular e não foi formado em Camp Nou) e vão surgindo novas estrelas como Isco (Golden Boy 2012), Jordi Alba, Thiago Alcântara, Jesé Rodriguez, Rodrigo Moreno, Montoya… Há pano para mangas e garantia de futuro.
Depois, as modalidades. Rafael Nadal é referência incontornável no ténis, Fernando Alonso na Fórmula 1. O basquetebol espanhol é de topo a nível europeu, o hóquei em patins do melhor do Mundo, o campeonato de andebol simpático, o atletismo com bastantes referências. O futsal só não consegue bater o Brasil, mas domina no Velho Continente. Enfim… Quem trabalha colhe os seus frutos. Parabéns Espanha!
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