José Fontelas Gomes apresentou hoje a candidatura à presidência da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), liderando uma lista que integra os árbitros internacionais Pedro Proença, Duarte Gomes e Artur Soares Dias.
Fontelas Gomes, árbitro de terceira categoria que integrou a direção anterior da APAF como vice-presidente e é, também, árbitro internacional de Futebol de Praia, sinalizou as duas questões mais prementes que promete atacar assim que for eleito: a fiscalidade e o policiamento.
Em relação a esta questão, admite mesmo uma tomada de posição “mais ríspida” por parte dos árbitros, caso o Governo não seja sensível aos argumentos relativamente à necessidade de “garantir a segurança” dos árbitros nos jogos de futebol.
O árbitro internacional Duarte Gomes, que integra a lista de Fontelas Gomes como secretário do Conselho Deontológico e Disciplinar, também abordou a questão, mas prefere não falar ''em medidas de força'' para que o bom senso venha a imperar.
“A APAF tem de ter capacidade de diálogo e de argumentos para convencer as autoridades que a medida não é feliz, tratando-se de um desporto que desencadeia paixões tão exacerbadas”, disse o juiz lisboeta, para quem o policiamento ''visa a segurança dos árbitros, mas também dos outros agentes desportivos e do público''.
Duarte Gomes fez o elogio de Fontelas Gomes, dizendo acreditar na equipa que este lidera, depois das provas que deu “num período de transição e conturbado” da APAF, e realçou a diversidade do elenco, ao integrar “árbitros internacionais, distritais, de Norte a Sul do país, representativos de várias sensibilidades e com vasta experiência acumulada”.
Sobre a questão da fiscalidade, o candidato à presidência da APAF defendeu que os árbitros ''devem ter um regime de exceção'' em matéria de cobrança de impostos dos rendimentos provenientes da atividade arbitral em função da ''especificidade que a caracteriza e distingue das demais''.
A lista, cujo lema é “Uma APAF de todos”, tem como vice-presidente da direção Pedro Peixoto, enquanto a Mesa da Assembleia Geral é presidida pelo árbitro portuense Artur Soares Dias e o Conselho Fiscal por António Taia. Mas é o Conselho Deontológico e Disciplinar que reúne os nomes mais sonantes, a começar por Pedro Proença, indigitado para a presidência do órgão, seguido dos árbitros Duarte Gomes (secretário), João Ferreira (vogal) e Carlos Xistra (vogal).