O treinador Vítor Salvado assinou um contrato com os AFC Leopards, da primeira liga do Quénia de futebol, que persegue o título deste país da África oriental desde que foi campeão pela última vez, em 1998.
''A vida em Portugal não está nada famosa e de certeza que vários treinadores das nossas ligas profissionais não desdenhariam este desafio. O Leopards é um clube muito respeitado em África. Os seus jogos têm assistências de 30 mil espetadores'', comentou o técnico luso.
Salvado, de 44 anos, é natural de Castelo Branco e depois de ter treinado equipas da III divisão, como Idanhense e Penamacorense, tem tido algumas experiências no futebol africano, nomeadamente em academias do Benin, Togo e Camarões.
O português foi eleito entre 16 candidatos ao lugar e substitui no comando do clube queniano o holandês Jan Koops.
A boa imagem deixada nas anteriores passagens pelo continente africano e a cotação elevada dos treinadores portugueses a nível internacional revelaram-se determinantes na opção do clube de Nairobi.
''É um desafio enorme'', considera Salvado, que vai liderar uma equipa com 11 internacionais quenianos. O campeonato inicia-se a 9 de fevereiro e o objetivo é devolver o título aos ''leopardos'', que têm como grande rival o outro clube da capital, Gor Mahia, orientado pelo croata Zdravko Logarusic.
''As oportunidades em Portugal escasseiam. Tive de trilhar o meu caminho. Vou dirigir uma equipa profissional que tem 12 títulos nacionais, [jogadores] internacionais com várias CAN [Taça das Nações Africanas] realizadas e um clube que possui, inclusivamente, um centro de estágio'', salienta o técnico beirão.