A Controlinveste insurgiu-se hoje contra o ''ataque ao bom nome'' dos jornais do grupo lançado pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), acusando o organismo de estar a viver um período ''menos tranquilo''.
A polémica tem como pano de fundo o número de golos marcados pelo avançado paraguaio do Benfica Óscar Cardozo, que a Liga diz serem 13, baseando-se nos relatórios de jogo, e alguns jornais da Controlinveste, como o O Jogo ou o Jornal de Notícias, consideram ser 12, por não considerarem um golo marcado na vitória por 3-1 sobre o Sporting.
“Site da Liga insiste no golo de Cardozo”, referiu o sítio do diário desportivo O Jogo, a 14 de janeiro, enquanto o Jornal de Notícias titulava na edição de 15 de Janeiro: “Golo fantasma de Cardozo continua a contar para a Liga”.
Esta divergência levou a Liga a acusar os órgãos de comunicação social pertencentes ao grupo de Joaquim Oliveira de lançarem uma “campanha caluniosa de desinformação e mentira” contra o organismo, num comunicado publicado no seu sítio oficial.
A Controlinveste respondeu pouco tempo depois, considerando que os termos do esclarecimento da Liga “são bem exemplo de algum estado menos tranquilo que possam estar a viver os seus autores”.
''Lamenta-se este ataque, lamenta-se que se misturem realidades empresariais distintas e, quanto a princípios, o grupo Controlinveste não recebe lições de ninguém e muito menos da atual direção da Liga”, refere um comunicado da Controlinveste enviado à Agência Lusa.
A Controlinveste, que detém uma participação minoritária na Agência Lusa, garante que “se não fossem as considerações que se fazem sobre os órgãos de comunicação social e jornalistas que muito devem à luta pela liberdade e pela democracia do país” e o grupo “não teceria qualquer comentário sobre o esclarecimento da Liga”.
Só que a Liga entendeu, “nos termos que são usuais a este presidente”, lançar “um ataque ao bom nome dos meios de comunicação social e dos jornalistas que trabalham no grupo Controlinveste”, obrigando o grupo a reagir, adianta o comunicado.
“Sem princípios éticos, apreço pela liberdade, respeito pela verdade e independência jornalística, esta campanha apenas serve os interesses monopolistas e anticoncorrenciais da Olivedesportos, colocando em causa a liberdade de imprensa”, acusou a LPFP no seu comunicado, numa referência ao outro grupo detido pelo empresário Joaquim Oliveira.