Costa do Marfim e Gana são favoritos a conquistar a 29.ª Taça das Nações Africanas de futebol, competição que começa no sábado na África do Sul e conta com duas seleções lusófonas: Angola e Cabo Verde.
Didier Drogba e restante “geração de ouro” vão dispor da última oportunidade para conquistar o mais importante título africano de seleções, depois dos “pesadelos” de 2006 e 2012, com finais perdidas, ambas no desempate por penáltis, frente ao Egito e à ''outsider'' Zâmbia, respetivamente.
Do mais valioso plantel entre as seleções africanas, comandado por Drogba (34 anos), constam atletas com o percurso de Kolo Touré, Yaya Touré, Emmanuel Eboué, Gervinho e Salomon Kalou.
Os experientes costa-marfinenses, que procuram o segundo título, integram o grupo D, juntamente com Argélia, Togo e Tunísia.
O Gana, que em 2010 esteve perto de ser primeira seleção africana nas meias-finais de um Campeonato do Mundo e foi quarto na CAN2012, persegue o seu quinto troféu: foi finalista vencido em 2010 (1-0 frente ao Egito) e ganhou a prova pela última vez em 1982.
Sem Michael Essien, que pediu dispensa para se dedicar ao Real Madrid, André Ayew e Sulley Muntari, o Gana aposta na experiência de futebolistas como Asamoah Gyan, Kwadwo Asamoah ou Boateng e na irreverência de jovens como o portista Christian Atsu para voltar a reinar.
O gana está no Grupo B com Congo, Mali e Níger.
Como “outsiders”, mas a ter em conta, aparecem Marrocos e Tunísia, seleções que têm algum historial no futebol do continente africano, mas que há alguns anos têm estado afastados das grandes decisões: foram finalistas em 2004, com a Tunísia a sagrar-se pela primeira vez campeã.
Depois da humilhação de ter falhado a fase final da prova em 2012, o Egito, que vinha de três títulos consecutivos, repetiu a “proeza” de ficar de fora, aos pés da República Centro Africana, que depois caiu perante o Burkina Faso.
A outra ausência inesperada na CAN2013 é a dos Camarões, no caso aos pés de Cabo Verde de Lúcio Antunes, que ''chocou'' todo o continente.
Cabo Verde, que se apresenta com 10 “portugueses”, vai fazer companhia a Angola no grupo A (juntamente com a anfitriã África do Sul e Marrocos), depois dos “palancas negras”, orientados pelo uruguaio Gustavo Ferrín, terem afastado o Zimbabue.
África do Sul e Cabo Verde dão no sábado, em Joanesburgo, o pontapé de saída para a competição, que termina a 10 de fevereiro no mesmo Estádio Nacional.