O ciclista holandês Thomas Dekker (Garmin-Sharp) prometeu hoje total colaboração com as autoridades antidopagem do seu país, às quais pretende contar tudo o que sabe, incluindo o nome dos envolvidos no uso de substância proibidas.
Dekker, que cumpriu uma sanção de dois anos por uso de substâncias dopantes, entre 2009 e 2011, assegurou, através de um comunicado no seu sítio, que o objetivo é «ajudar a limpar o mundo do ciclismo» e abrir caminho a que outros ciclistas colaborem com as autoridades.
«Há muitos detalhes e pessoas envolvidas com o meu passado ligado ao doping. Tudo isso, incluindo os nomes de quem me ajudou, serão facultados às autoridades antidopagem», refere o ciclista.
O ciclista holandês, que se notabilizou ao serviço da extinta Rabobank e que presentemente representa a Garmin-Sharp, revela ainda que nas próximas semanas se reunirá com as autoridades antidopagem do seu país.
Thomas Dekker, que em situações anteriores tinha já admitido o recurso a transfusões sanguíneas e o uso de substâncias proibidas, manifestou a sua disponibilidade após a confissão pública do ex-ciclista norte-americano Lance Armstrong, numa entrevista à apresentadora de televisão Oprah Winfrey.
Lance Armstrong venceu, entre 1999 e 2005, sete edições consecutivas da Volta a França, a principal competição velocipédica do mundo, mas as mesmas foram-lhe retiradas pela União Ciclista Internacional (UCI), na sequência de um inquérito da Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA).
As conclusões apontavam para o recurso ao doping, que sempre negara, ao longo de quase toda a carreira e, por isso, o seu palmarés desde 01 de agosto de 1998 foi “apagado”, sendo que na quinta-feira, o Comité Olímpico Internacional (COI) também exigiu a Armstrong a devolução do bronze conquistado em 2000.