I Liga: Quatro treinadores no Sporting destoam entre poucas chicotadas

Sá Pinto, Oceano, Franky Vercauteren e agora Jesualdo Ferreira são os sucessivos timoneiros de um Sporting em invulgar crise – ainda está em zona de perigo –, numas 15 jornadas que apenas tiveram mais duas mudanças de treinador, no Nacional e Olhanense.

Do lado oposto, destaque para a metade de época imaculada dos técnicos de Benfica e FC Porto, que apenas cederam três empates e estão entre as escassas equipas imbatíveis nos campeonatos do “velho continente”.

Além dos técnicos dos dois clubes que vão disputar entre si o título na segunda volta – o Sporting de Braga, terceiro, já segue a 10 pontos -, os estreantes Paulo Fonseca (Paços de Ferreira) e Nuno Espírito Santo (Rio Ave) também estão a deixar marca.

Num campeonato de início apenas português no “banco”, de notar os regressos ao ativo de Jesualdo Ferreira (sem clube, após rescindir com o Panathinaikos da Grécia), Manuel Machado (também livre, depois de experiência nos gregos do Aris Salónica) e Manuel Cajuda (treinou a União de Leiria na época passada), todos incontornáveis na última década do futebol português.

Depois de ter rendido Domingos Paciência na época passada com relativo sucesso, Ricardo Sá Pinto teve o desafio de comandar os “leões” desde início, mas o paupérrimo desempenho ditou a sua prematura saída, logo à quinta jornada.

Apenas duas vitórias em nove jogos, diante das modestas equipas do Horsens e Gil Vicente, foram pecúlio insuficiente e Oceano assumiu a equipa interinamente, por duas jornadas, até à chegada do “disciplinador” Franky Vercauteren, o primeiro e único estrangeiro que passou pela Liga 2012/2013.

Duas vitórias, quatro empates e cinco derrotas em 11 jogos trouxeram o belga para Alvalade, mas a verdade é que nada mudou: um conjunto de maus resultados, que incluíram a eliminação da Taça da Liga, e a queda para os últimos lugares do campeonato levaram o “manager” Jesualdo Ferreira a assumir a liderança no relvado, até agora com pleno sucesso, recuperando para o grupo dos sétimos.

Na Madeira, Pedro Caixinha era 15.º e penúltimo à sexta jornada, com somente cinco pontos, o que motivou a sua saída do Nacional: dias depois, assinaria pelo Santos Laguna, campeão mexicano em título.

O regresso de Manuel Machado reanimou os insulares, agora a partilhar o 11.º lugar com o Gil Vicente, com 15 pontos.

Também depois de assumir funções a meio da época anterior, Sérgio Conceição, que esteve para abandonar o Olhanense na pré-temporada por divergências com o presidente Isidoro Sousa, acabou por sair à 13.ª jornada, embora em honroso oitavo lugar.

Na sua experiencia no Algarve, em 30 jogos, conseguiu 21 resultados positivos, entre vitórias e empates.

As estreias na I Liga são, globalmente, muito positivas: o destaque vai para Paulo Fonseca, que tem o seu Paços de Ferreira em quarto lugar, com quatro pontos de avanço sobre o Rio Ave, do ex-guarda-redes Nuno Espírito Santo, que iniciou a até agora bem-sucedida carreira de treinador.

Marco Silva também vive primeira experiência na elite e o seu Estoril é sétimo (a par de Sporting e Marítimo), enquanto Jorge Casquilha é o técnico menos afortunado, com o Moreirense claro “lanterna vermelha”.

Alterações de treinadores na I Liga de futebol de 2012/2013:

5.ª Sporting: Sá Pinto > Oceano a)
6.ª Nacional: Pedro Caixinha > Manuel Machado
7.ª Sporting: Oceano > Franky Vercauteren
13.ª Olhanense: Sérgio Conceição > Manuel Cajuda
13.ª Sporting: Franky Vercauteren > Jesualdo Ferreira

a) interino