A UEFA reagiu hoje ao comunicado da Europol, no qual o organismo policial revela ter desmantelado uma rede internacional suspeita de combinação de resultados, sublinhando que espera mais informações e que agirá em conformidade.
“Esperamos receber mais informações nos próximos dias. No âmbito da luta contra a manipulação de resultados, a UEFA está a cooperar com as autoridades nestas matérias, como parte de uma política de tolerância zero na viciação no nosso desporto”, diz o organismo europeu de futebol.
Na mesma nota, a UEFA refere que assim que tiver mais detalhes da investigação, ela será analisada pelos comités de disciplina, de modo a que “as medidas necessárias sejam tomadas”.
Hoje, o diretor da Europol, Rob Wainwright, revelou que foram identificados 380 jogos alvo de apostas ilegais, mas um dos responsáveis pela investigação precisou que se “apurou a prática de resultados combinados em 150 casos”.
De acordo com a Europol, a rede envolvia um total de 425 pessoas de 15 países, entre árbitros, jogadores e dirigentes, e visava ganhar avultadas somas através de apostas ilegais.
Entretanto, a FIFA lembrou que tem desde janeiro uma linha telefónica e uma direção de correio específicas para que se possa facilitar qualquer informação relacionada com a viciação de resultados.
O organismo reitera a sua política contra a combinação de resultados, que considera ter-se convertido em algo “cada vez mais atrativo para criminosos internacionais” e diz ser vital a ajuda que possa receber na deteção de possíveis casos.
Segundo a Europol, o esquema detetado e sediado na zona asiática envolve jogos realizados entre 2009 e 2011 e gerou mais de oito milhões de euros, implicando mais de 15 países em todo o Mundo.
Em causa estão jogos de qualificação para o Mundial, da fase de qualificação da Liga Europa, dois jogos da Liga dos Campeões, um deles disputado em Inglaterra, e vários de ligas europeias, de Alemanha, Áustria, Eslovénia, Grã-Bretanha, Hungria, Holanda e Turquia.