O selecionador da Nigéria, Stephan Keshi, demitiu-se após a conquista, no domingo, da Taça das Nações Africanas de futebol (CAN), noticiou hoje a rádio nacional sul-africana, país onde se disputou o campeonato.
Em declarações à estação SABC (South African Broadcast Corporation), Keshi revelou ter entregado a carta de demissão à federação nigeriana logo a seguir à final contra o Burkina Faso (vitória por 1-0), mas não obteve ainda “qualquer resposta”.
Stephen Keshi deixou suspeitas, em declarações anteriores, de que não estaria satisfeito com os dirigentes federativos da Nigéria durante a prova, tendo mesmo falado em “pegar nas malas e sair” durante a conferência de imprensa que antecedeu o jogo das meias-finais, frente ao Mali.
“Se não gostam do que estamos a fazer, então o melhor é não forçar ninguém a gostar de nós”, disse o técnico à SABC, após se ter sagrado o segundo treinador a vencer a CAN depois de o ter feito como jogador, a par do Egípcio Mahmoud El Gohary.
Keshi “capitaneou” a Nigéria na vitória sobre a Zâmbia na final de 1984 e dirigiu a seleção que domingo bateu o Burkina Faso, com um golo de Sunday Mba.
Segundo relatos da imprensa local, o selecionador terá ficado furioso quando descobriu que dirigentes da federação da Nigéria marcaram voos de regresso para toda a comitiva, ainda antes dos quartos de final, que foram disputados frente aos favoritos à conquista do título, a Costa do Marfim.