O treinador português Paulo Torres endereçou uma carta ao presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), Manuel Lopes, manifestando vontade de treinar a seleção do país.
Em carta a que a agência Lusa teve hoje acesso, e que está a ser divulgada na imprensa guineense, Paulo Torres diz-se ''apaixonado pelo talento que existe nos jogadores guineenses'' e ainda lembra ao presidente da FFGB o fato de ter estado dois meses seguidos no país onde pode comprovar o que diz na missiva.
Antigo jogador do Sporting e campeão do mundo de 20 por Portugal, Paulo Torres sustenta a sua ambição de orientar a seleção guineense na base de um projeto de desenvolvimento do futebol local a implementar em três anos.
''Escrevo esta carta com maior dedicação e paixão, ficando desde logo ao vosso dispor, sentindo que conseguirei mudar o futebol da Guiné-Bissau num espaço de três anos. Quero conquistar a vossa confiança e a do povo da Guiné-Bissau'', lê-se na missiva do treinador português.
Paulo Torres promete trabalho e profissionalismo para merecer a confiança dos guineenses, predispondo-se para viajar para a Guiné-Bissau logo que for chamado pelo presidente da Federação.
A Guiné-Bissau foi orientada entre abril de 2010 a outubro de 2011 pelo técnico luso Luís Norton de Matos, que entretanto, deixou a seleção guineense para orientar a equipa B do Benfica.
Em junho passado e no jogo diante dos Camarões, a contar para as eliminatórias para o Mundial de 2014, a Guiné-Bissau foi orientada por um outro técnico português, Carlos Manuel, na altura, apresentado pelo presidente da Federação guineense de futebol como sendo o selecionador nacional.
De lá para cá o nome de Carlos Manuel nunca mais voltou a ser falado como selecionador da Guiné-Bissau.