A Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro) informou hoje que 11,9 por cento dos jogadores terão sido abordados para falsear resultados e mais do dobro (23,6) acredita que os seus jogos nacionais são manipulados.
Os dados foram tornados públicos pelo presidente da divisão da FIFPro Ásia, Brendan Schawb, durante o seu discurso de hoje na Conferência Internacional da Interpol, em Kuala Lumpur, sobre a viciação de resultados, no âmbito do acordo celebrado entre a FIFA e a Interpol em 2011.
“Todos os membros da família do futebol, os governos e as autoridades policiais devem trabalhar em conjunto para combater este problema”, afirmou Schwab, destacando ainda o papel determinante da FIFPro em todo este processo, uma vez que representa cerca de 65.000 jogadores em todo o mundo.
Segundo o delegado australiano, 41,1 por cento dos jogadores não recebe no período indicado, cerca de 5 por cento espera cerca de seis ou mais meses para receber o salário, enquanto um em cada nove jogadores já foram vítimas de violência, maioria causada por adeptos.
Os dados recolhidos mostram que mais de 10 por cento dos jogadores se diz assediado por dirigentes de clubes e técnicos, mas também vítimas de racismo e alvos de atitudes discriminatórias por parte dos adeptos.
“É essencial que os jogadores trabalhem connosco, de modo a manter a integridade e a dignidade das suas carreiras profissionais”, declarou Schawb.
O representante da FIFPro destacou ainda o trabalho que o sindicato tem realizado na Europa Oriental, mas insistiu que os problemas continuam a atingir os jogadores nas mais diversas áreas, contribuindo para a “pobreza do futebol”.