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«Grândola, Vila Morena» inspira Tony para tentar desbloquear Benfica

O ''Grândola, Vila Morena'' ouviu-se hoje no arranque do treino do Paços de Ferreira, num ambiente de descontração que Tony, com carreira feita no futebol, espera que funcione como senha para “desbloquear” o Benfica no domingo.

«Grândola, Vila Morena» inspira Tony para tentar desbloquear Benfica
Futebol 365

No final do treino realizado no relvado secundário da Mata Real, Tony, protagonista da ''brincadeira'', explicou que ''o que é preciso é animar a malta'' e que ''a boa disposição não irá faltar à equipa'', trocando a ideia de protesto subjacente àquela música de intervenção pelo sentido de inspiração.

O terceiro lugar na I Liga de futebol justifica, em parte, o bom ambiente, mas, à entrada para o treino, a moral do grupo estava recarregada, após nova sessão com José Neto, Mestre em Psicologia Desportiva, com Doutoramento em Futebol, que tem vindo a colaborar com o Paços de Ferreira.

Sem desafinar no discurso, Tony disse não se importar de repetir a mítica canção de Zeca Afonso no Estádio da Luz, no domingo, embora a preferisse usar como senha para desbloquear o Benfica, adversário que já derrotou esta época o Paços de Ferreira na Mata Real em duas ocasiões, uma para a Liga (2-1) e outra na Taça de Portugal (2-0).

Segundo explicou o camisola 80 do Paços de Ferreira, a estratégia para o encontro da 20.ª jornada da I Liga está definida e resulta da aprendizagem adquirida nos jogos realizados com o Benfica, nas observações e no conhecimento que existe do adversário.

''Não vamos comparar individualidades, porque eles são muito superiores a nós, mas estamos preparadíssimos para contrariar o favoritismo do Benfica e, sobretudo, vamos tentar jogar o nosso futebol'', afirmou.

Tony considerou ainda a preocupação do técnico Jorge Jesus com o jogo de domingo, manifestada na quinta-feira, após o encontro da Liga Europa (vitória por 2-1 frente aos alemães do Bayer Leverkusen), como ''uma forma de respeito'' pelo Paços de Ferreira, ''uma equipa humilde e de trabalho'' e que, garantiu, ''vai encarar o jogo como se fosse com outra equipa''.

''Não vamos jogar com o autocarro à frente da baliza, porque não o fazemos, e vamos defrontar o Benfica desinibidos e a lutar para ganhar'', precisou.

Apesar do ''momento muito confiante'' da equipa, o experiente defesa, de 33 anos, garantiu que ninguém tirou os pés do chão e todos sabem a dimensão do clube nortenho, mesmo que o principal objetivo esteja conseguido.

Tony aproveitou para explicar que a mensagem do clube ao relativizar o atual terceiro lugar ''não é para tapar olhos'', precisando, num tom ainda mais sério: ''Toda a gente quer o melhor e nós queremos melhorar o que fizemos na primeira volta, sabendo que pode acontecer ainda muita coisa. No fim, se verá o que acontece''.

Com a permanência do Paços de Ferreira confirmada, o final mais feliz seria o apuramento da equipa para a Liga Europa ou, ''como nunca se viu na história'', uma presença nas pré-eliminatórias da ''Champions''.

''Já fiz dois jogos na Liga dos Campeões pelo Cluj, na Roménia, e gostava muito de jogar na ‘Champions’ num clube do meu país'', admitiu Tony, confessando que não se importava de começar a trautear na Mata Real o hino da Liga Milionária.

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