Liga Zon Sagres: Benfica bate Paços e volta a colar-se ao FC Porto

Só nos primeiros 20 minutos o Benfica colocou intensidade ao jogo, para o resolver o mais cedo possível e assim poder geri-lo depois, poupando energias para o jogo de quarta-feira com o Sporting de Braga, para a Taça das Liga, depois do desgaste sofrido na quinta, frente ao Bayer Leverkusen, da Liga Europa.

Jorge Jesus prometeu um Benfica poderoso, mas não foi preciso, bastou impor um ritmo forte no início do jogo - forçando o Paços de Ferreira a defender com o bloco muito baixo -, que se traduziu num golo de Enzo Pérez, logo aos oito minutos.

A partir dos 20 minutos, o Benfica ''tirou o pé'' do acelerador, até porque o Paços evidenciara até aí, perante a pressão “encarnada”, uma incapacidade gritante para sair a jogar e estender o jogo até à área de Artur.

A equipa nortenha só deu sinal de vida a partir do momento em que o Benfica optou por pautar o jogo, baixando ostensivamente o ritmo, o que permitiu ao Paços ''respirar'', sair a jogar, estender o jogo e dividi-lo.

No entanto, o Benfica nunca deixou de ter o jogo controlado, face a um Paços que sabe trocar a bola e que tem princípios de jogo claramente assimilados, mas apenas até à última fase de construção, onde revelou tremenda falta de contundência e de definição. É, ainda assim, o terceiro classificado.

Com o Paços mais subido em campo, coube ao Benfica, mesmo assim, as únicas oportunidades da primeira parte, com Cardoso a falhar o segundo golo, aos 23 minutos, ao rematar de cabeça após excelente jogada coletiva, e aos 38, com o paraguaio a isolar-se, lançado por Olá John, e a rematar ao poste.

Na segunda parte, nem deu para perceber se o Benfica iria voltar a impor um ritmo forte, à semelhança do que fizera no início da partida, porque aos 47 minutos, num canto, Cardoso assinou o segundo golo, após cabeceamento de Luisão ao poste. Um golo com muitas culpas para a defesa forasteira, notoriamente desconcentrada.

A história do jogo acabou aí. Nos restantes 43 minutos, o Paços pôde demonstrar que sabe trocar a bola, desde que não seja muito pressionado, e que não tem capacidade para desequilibrar no último terço do campo, perante um Benfica que ainda chegaria, naturalmente, ao terceiro golo, aos 84 minutos, por Salvio.