Domingos Paciência, antigo treinador do Sporting e mais recentemente do Deportivo, considerou hoje que o jogo entre o FC Porto e o Benfica, pode vir a ser decisivo na atribuição do título nacional.
O jogo entre as duas equipas que, com 20 rondas cumpridas, lideram o campeonato com os mesmos pontos (52) terá lugar no Estádio do Dragão, na penúltima jornada do campeonato e, para o ex-técnico do Deportivo da Corunha, esse embate pode ser mesmo determinante.
''Se continuarem assim, a não perderem pontos, é natural que as pessoas pensem que esse jogo pode ser decisivo'', afirmou depois da participação no ''Fórum do treinador de futebol/futsal'', organizado pela Guimarães Cidade Europeia do Desporto 2013.
Segundo Domingos Paciência, ''o campeonato está a ser disputado a dois e depois há uma diferença muito grande para as ouras equipas''.
''Isso é muito mau para nós e externamente nem se fala, somos vistos como um campeonato sem qualidade e sem competitividade'', lamentou.
Sobre o Sporting - FC Porto da próxima jornada, o antigo técnico dos ''leões'' e jogador dos ''dragões'' considerou que ''cada jogo tem a sua história''.
''O Sporting com uma equipa jovem que vai procurar superar-se e fazer um grande jogo contra uma equipa que tem muita experiência, muita posse de bola e revela muita segurança, com um jogo não tão dinâmico e não chegando tantas vezes à baliza como o Benfica, mas quando chega faz golo'', analisou.
Domingos desejou ainda que o Sporting recupere rapidamente, ''para bem do futebol português''.
''O Sporting merece o máximo de respeito, são milhões de sportinguistas que querem que volte a ser a equipa que era. O momento não é bom e o que eu mais desejo é que esta mudança se faça o mais rápido possível e que consiga fazer com que o Sporting seja forte'', afirmou.
Sobre a saída da Corunha, onde esteve menos de dois meses, Domingos recordou os salários em atraso desde setembro, como ''alguns jogadores assumiram publicamente'', o que ''condicionou muito o grupo de trabalho''.
''Não estou arrependido de ter ido para lá, sabia dos riscos e do grau de dificuldade. Fomos com toda a ilusão, até começámos bem, mas depois não correu tão bem por diversas situações'', disse.
Domingos Paciência contrariou ainda a ideia de que, em Portugal, só aceitará treinar os grandes clubes: ''Vou para onde me sinta bem, haja objetivos bem definidos e condições para alcançá-los''.