Benfica nos quartos de final da Liga Europa, ao vencer em Bordéus

Depois do 1-0 na Luz, selado pelo espanhol Rodrigo, a eliminatória ficou praticamente resolvido no Chaban-Delmas aos 30 minutos, quando o brasileiro Jardel inaugurou o marcador, o que obrigava os locais a marcar três.

Os franceses ainda marcaram dois golos, pelo maliano Diabaté, aos 74 minutos, e através de um autogolo de Jardel, aos 90+1, mas Cardozo, entrado aos 66, respondeu de imediato a cada um deles, marcando aos 75 e aos 90+2.

Assim, o Benfica juntou o agradável (o triunfo) ao útil (o apuramento), conquistando pela quarta época consecutiva um lugar nos quartos de final de uma prova europeia, isto após um jogo em que não teve, por lesão, os centrais Luisão e Garay.

No jogo 200 de Jorge Jesus à frente dos “encarnados”, o conjunto da Luz fez uma das melhores exibições da época, alinhando de início com apenas um avançado (Rodrigo), apoiado por Gaitan, que também esteve em destaque, com duas assistências para golo.

Em relação ao encontro da primeira mão, o Benfica apresentou quatro alterações, duas forçadas, face às lesões de Luisão e Garay e duas por opção, com Carlos Martins e Cardozo a ficarem no banco. Entraram Jardel, Matic, Enzo Perez e Salvio, enquanto Roderick recuou de trinco para central.

Face a um Bordéus que mudou duas peças na frente – Saivet e Diabaté substituíram os lesionados Faubert e Rolan -, os “encarnados” começaram recuados, na expectativa, com os gauleses a aproveitarem para assumir o comando do jogo.

Diabaté assustou logo aos cinco minutos, com um cabeceamento por cima, e Belay rematou cruzado, com algum perigo, aos 13, mas a primeira grande ocasião pertenceu a Salvio, que falhou na cara do guarda-redes da casa, após assistência do “10” Gaitan, aos 22.

O encontro equilibrou e, aos 30 minutos, o Benfica marcou o tão ansiado golo fora, para obrigar o adversário a apontar três, num cabeceamento, a meias com as costas, de Jardel, após um canto na esquerda de Ola John e uma saída falhada de Carrasso.

A formação gaulesa reentrou para a segunda parte com vontade, mas sem soluções para criar o mínimo de perigo junto da baliza de Artur, que só interveio aos 73 minutos, para segurar calmamente um tímido de Diabaté.

Logo a seguir, aos 74 minutos, o Bordéus conseguiu, no entanto, marcar, precisamente através de Diabaté, que aproveitou uma intervenção defeituosa de Jardel, que, com as costas, acabou por isolar o avançado maliano.

Mas, as esperanças dos locais não demoraram mais do que um minuto, já que, aos 75, Gaitan isolou Cardozo - entrado há menos de 10 para o lugar de Rodrigo -, com o paraguaio, com toda a classe, a “sentar”, Henrique e a bater Carrasso.

Aos 90+1 minutos, o Bordéus ainda logrou um segundo golo, numa infelicidade de Jardel, mas, como ao primeiro, Cardozo respondeu com enorme classe, desta vez ganhando um ressalto a Poko, para, depois, passar por ele, e dar a vitória ao Benfica.