Vicente Caldeira Pires lidera uma lista independente ao Conselho Fiscal e Disciplinar do Sporting e promete tratamento imparcial e igual aos três candidatos à presidência, antes, durante e depois das eleições.
“Para mim são os três iguais. Qualquer que seja o presidente terá do nosso ponto de vista e da nossa ação a mesma imparcialidade que mantemos antes, durante e depois das eleições”, assegurou Vicente Caldeira Pires, em declarações à agência Lusa.
A candidatura liderada por Vicente Caldeira Pires ao Conselho Fiscal e Disciplinar repete o lema da campanha de 2011, “Independência, Rigor, Verdade”, e não pretende ser um contrapoder à direção, mas sim um instrumento autónomo de vigilância e de fiscalização.
As motivações, de acordo com o advogado Vicente Caldeira Pires, de 32 anos, são as mesmas da candidatura apresentada em 2011, mas com responsabilidades acrescidas, dada a situação em que o Sporting se encontra de “absoluta decadência”.
“É no mínimo insólito que nesta queda de vigor do Sporting a todos os níveis, financeiro, social e desportivo, não haja da parte do Conselho Fiscal mais do que louvores e agradecimentos. Enquanto sócios, isto deixa-nos chocados”, disse.
O advogado assegura que a candidatura continua fiel à proposta eleitoral apresentada em 2011, agora reforçada pela nova forma de eleição do Conselho Fiscal e Disciplinar, cujos membros passam a ser eleitos em representação proporcional, segundo o método de Hondt.
“Vemos esta alteração única em termos de Conselho Fiscal, com a adoção da eleição pelo método de Hondt, como uma vitória da nossa candidatura de 2011, que acabou por ter uma votação pouco expressiva”, acrescenta o líder da lista D.
Ainda de acordo com Vicente Caldeira Pires, os cerca de seis por cento dos votos recolhidos em 2011 ficaram a dever-se ao facto das eleições terem sido “atípicas, com 10 listas, com muito barulho e muita gente”.
“Acabámos por conseguir passar a mensagem e deixar alguma sensibilidade para a importância que este órgão tem e isso refletiu-se na revisão dos estatutos, pelo que sentimos um acréscimo de responsabilidade e por isso não podíamos deixar de voltar a marcar presença nestas eleições”, defendeu.
Desde 2011, acrescenta o advogado, esta candidatura independente tem mantido atividade de vigilância às contas do clube, aos comunicados e às contas da SAD, e acabou por manter alguma proximidade com as pessoas que votaram em nós e nos continuam a transmitir o seu apoio.
“Não podíamos deixar o trabalho iniciado em 2011 ficar por ali”, explica Vicente Caldeira Pires.
Os órgãos sociais do Sporting demitiram-se em bloco a 04 de fevereiro, tendo sido marcadas eleições para 23 de março, após um entendimento entre os presidentes do Conselho Diretivo, Godinho Lopes, do Conselho Fiscal e Disciplinar, João Mello Franco, e da Mesa da Assembleia-Geral, Eduardo Barroso.
Concorrem às eleições marcadas para 23 de março, que ditarão o sucessor de Godinho Lopes, Carlos Severino (Lista A), Bruno de Carvalho (Lista B) e José Couceiro (Lista C).