Em mais uma aparição pública com o objetivo de se opor à utilização da tecnologia no futebol, Michel Platini, presidente da UEFA, referiu que existem outras prioridades na sua mente. Desenvolvimento do futebol jovem e de infraestruturas seria, na sua opinião, um destino muito melhor aplicado para o dinheiro da entidade que representa.
«Prefiro gastar dinheiro no futebol jovem e em infraestruturas do que em tecnologia para ver se há um golo que raramente acontece e que um árbitro não vê», defendeu, mostrando que o investimento em tecnologia no futebol seria muito dispendioso e injustificado.
«Iria custar cerca de 54 milhões de euros, num período de cinco anos, para se ter esta tecnologia de golo. Por isso, é demasiado cara para um tipo de erro que acontece uma vez em 40 anos. Na Liga dos Campeões estou satisfeito com os resultados dos cinco árbitros de campo. Praticamente não tem havido erros e os árbitros vêem quase tudo o que se passa no relvado», finalizou.
Já Blatter, presidente da FIFA, mostrou-se recentemente em completo desacordo com Michel Platini, pois considera que o presidente da UEFA é o único a barrar a utilização da tecnologia no futebol mundial.
«As divergências não são entre a FIFA e a UEFA, o único que não quer a tecnologia é Platini. As federações, as ligas, os árbitros e os jogadores: todos querem a tecnologia da linha de golo. Se Platini não quer é por um motivo pessoal, mas vai mudar de posição», criticou, em declarações ao jornal desportivo As.