O treinador do Gil Vicente continua inconformado com a sua expulsão, perto do final do jogo com o Paços de Ferreira.
Paulo Alves falou aos jornalistas, no final do treino, e comentou que estranhou a pressão feita pelo quarto árbitro desde o inicio do encontro.
''Ainda nem cinco minutos de jogo havia e o quarto árbitro dirigiu-se a mim e perguntou-me se queria terminar o desafio. Não percebi sequer por que razão isso aconteceu. Não discuti com ninguém da equipa de arbitragem. Talvez com algum dos meus jogadores.''
Quanto à expulsão ordenada por Olegário Benquerença, o técnico gilista considera-a exagerada, pois reagiu ''como tantos outros treinadores''.
''O Brito ganhou uma bola já em tempo de compensação e foi marcada falta. Reagi como tantos outros treinadores reagem, alguns até bem pior, mas o senhor Benquerença decidiu expulsar-me. Perguntei-lhe se tinha sido mal-educado com ele ou com alguém e ele disse que não, por isso nem me considero expulso sequer. Foi um exagero da parte do senhor Benquerença.''
Paulo Alves aproveitou a ocasião para lembrar alguns erros que, segundo ele, têm prejudicado o Gil Vicente e pediu ''lucidez'' às equipas de arbitragem uma vez que o campeonato entrou na fase decisiva.
''Toda a gente percebeu que o penalty marcado a favor do Paços serve para compensar o facto de não ter sido assinalada a primeira falta, essa sim existente, na grande área do Gil Vicente. Mas por esse prisma, também houve erros contra nós que não foram compensados. O Vilela é mal expulso com o V. Setúbal e ninguém nos compensou. Houve um penalty claro com o SC Braga e também não fomos compensados. Não vou justificar o mau momento do Gil Vicente com erros de arbitragem, porque erros todos cometemos, treinadores, jogadores e árbitros. Mas peço lucidez porque estamos numa fase decisiva no Campeonato.''