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Champions League: Bundesliga 2-0 Liga BBVA

Terminada a primeira-mão das meias-finais da Champions League, as equipas da Bundesliga mostraram um inesperado poderio sobre as formações da Liga BBVA. O Barcelona ficou a ver jogar na Allianz Arena (4-0), enquanto o Borussia de Dortmund deu uma lição tática ao Real Madrid, num Signal Iduna Park de meter inveja a qualquer estádio britânico. Remontada? É possível, mas muito tem que mudar nas barricadas de ‘nuestros hermanos’.

Champions League: Bundesliga 2-0 Liga BBVA
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Já dizia o outro: ‘É difícil chegar ao topo, mas mais difícil ainda é manter-se no topo’. E parece-me que esta máxima se enquadra perfeitamente no panorama do que aconteceu nos dois embates germano-espanhóis. As equipas alemãs mostraram uma enorme vontade de triunfar, enquanto as espanholas adotaram uma postura algo passiva, expectante. Uma postura de, com maior ou menor dificuldade isto ficará resolvido.

Ainda bem que o futebol é imprevisível e que tal foi contrariado. No Bayern Munique-Barcelona, embora com algumas ausências e um Lionel Messi irreconhecível, a equipa da casa dominou claramente os catalães. Desde o primeiro minuto que a bola falou alemão. O ‘tiki-taka’ da turma de Tito Vilanova não saiu e a posse de bola existiu, embora lenta e muito pouco objetiva. Os campeões da Bundesliga marcaram dois golos irregulares, mais tiveram oportunidade para apontar mais três ou quatro válidos.

Fiquei surpreendido com a inclusão de Lionel Messi numa zona mais recuada. E discordei. O argentino foi o jogador titular (excluindo os guarda-redes) que menos correu em campo. Tornou-se um empecilho durante grande parte do encontro e raramente tocou no esférico. Se não estava em condições, não deveria ter jogado.

O único prejudicado foi mesmo o Barcelona, que raramente incomodou Manuel Neuer. Já o Bayern Munique esteve muito por cima fisicamente, mostrou um futebol objetivo e bateu Victor Valdés por quatro vezes. Bastian Schweinsteiger e Javi Martinez formaram uma dupla intermédia de grande respeito, estancando na totalidade Xavi e companhia.

O Borussia de Dortmund-Real Madrid foi a partida da jornada. Grande ambiente, grande futebol: um hino à modalidade. Mas a tendência foi a mesma. A turma de Jurgen Klopp teve um tampão no meio campo chamado Ilkay Gundogan. Jogou, fez jogar e anulou por completo os passes de rutura de Xabi Alonso. Bem observado pelos alemães, que perceberam que o espanhol é quem lança, muitas vezes, as transições mortíferas dos merengues. Marco Reus esteve em grande no lançamento para o ataque e Robert Lewandowski devastador: quatro golos sem espinhas.

A imprensa espanhola, principalmente a blanca, vai falando em remontada. Nada é impossível, mas muito terá que mudar. O Barcelona precisa de marcar quatro golos em Camp Nou para ir a prolongamento. Sem sofrer. O ‘tiki taka’ tem que ser mais objetivo e a bola necessita de circular com maior dinamismo. Lionel Messi tem que jogar na sua posição e, de preferência, acompanhado por David Villa. No Real Madrid, Sergio Ramos terá que regressar ao miolo. Di Maria merece a titularidade e pede-se um Cristiano Ronaldo em noite diabólica.

Caso contrário, tal como na economia, a Europa do futebol também começará a falar alemão. Fim de ciclo? Esperemos pela segunda-mão!

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