O xeque Salman bin Ebrahim Al Khalifa, presidente da federação do Bahrein, foi hoje eleito presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC), sucedendo a Mohamed bin Hammam, que se demitiu depois de sido considerado culpado de corrupção.
O novo líder da AFC recolheu 33 dos 46 votos nas eleições realizadas durante o Congresso extraordinário do organismo asiático, em Kuala Lumpur, derrotando Worawi Makudi, da Tailândia, que recolheu sete votos, e Yousuf Al Serkal, dos Emiratos Árabes Unidos, que recebeu seis, enquanto o saudita Hafez Ibrahim Al Medlej retirou a sua candidatura.
O xeque Salman, que completará o mandato de Mohamed bin Hammam até 2015, é acusado por várias organizações de defesa dos direitos humanos de ter promovido uma purga de jogadores e dirigentes desportivos durante a repressão das manifestações a favor da democracia que ocorreram no Bahrein em 2011.
“A minha missão é voltar a agregar a nossa confederação. Hoje, a família do futebol asiático está numa encruzilhada. A minha tarefa passa por guiar a nossa família rumo a um futuro próspero”, disse o novo presidente da AFC.
Mohamed bin Hammam foi irradiado pela FIFA em dezembro de 2012, na sequência do processo de compra de votos nas últimas eleições para a presidência do organismo, mas ganhou o recurso no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), acabando por se demitir, depois de ter sido novamente suspenso preventivamente.