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Cardozo e 23 anos de espera do Benfica em destaque na imprensa estrangeira

O ''bis'' de Cardozo, que na quinta-feira lançou o Benfica para a final da Liga Europa de futebol, e os 23 anos de espera dos ''encarnados'' pela presença numa final europeia estão em destaque na imprensa estrangeira.

Cardozo e 23 anos de espera do Benfica em destaque na imprensa estrangeira

''23 anos são demasiado para qualquer uma, mas para o Benfica foi um século'', escreve o desportivo espanhol Marca na versão digital, recordando a presença na final da Taça dos Campeões em 1990, perdida para o Milan (1-0). ''Todo esse tempo teve de esperar o gigante português para recuperar o seu lugar na Europa e pôr a mão numa taça. Não a da Liga dos Campeões, mas sim a da Liga Europa, que vai querer agarrar com as duas mãos em Amesterdão contra o Chelsea'', acrescenta.

''No seu lugar, com os melhores, pô-lo Cardozo, aquele que evitou a rebelião otomana na Luz'', sublinha o diário espanhol, realçando a ação do avançado paraguaio, autor de dois golos na vitória por 3-1 sobre o Fenerbahaçe, na segunda mão das meias-finais, após a derrota por 1-0 em Istambul.

O generalista El Mundo destaca a ''maldição'' de Béla Guttmann, o treinador húngaro que deixou o clube após as conquistas da Taça dos Campeões de 1961 e 1962 dizendo que o Benfica, sem ele, não voltaria a ser campeão europeu. Um ''momento traumático na história do clube lisboeta'', diz o jornal espanhol, lembrando que desde então os ''encarnados'' não voltaram a ganhar títulos continentais.

''Maldição que pode terminar em Amesterdão no próximo 15 de maio, quando os pupilos de Jorge Jesus enfrentaram o Chelsea na final da Liga Europa, depois de 23 anos à espera desta oportunidade. (...) Esse momento pode ter chegado graças ao 'doblete' do paraguaio Óscar Cardozo'', diz o El Mundo.

Em França, o L'Équipe relata que ''desta vez, o Benfica não precisou de uma mão para se qualificar para a final de uma taça europeia'', lembrando que este apuramento acontece ''23 anos depois da mão de Vata, que eliminou o Olympique de Marselha nas meias-finais da Taça dos Campeões''.

''Mesmo assim, houve uma história de mãos. A de Garay, primeiro, que [Stéphane] Lannoy apitou. O árbitro francês nunca deveria ter assinalado o penálti, marcado por Kuyt, dado que Moussa Sow estava claramente fora de jogo. Depois, esqueceu-se de apitar um, flagrante, por mão de Korkmaz Egemen'', lê-se na versão online.

O L'Équipe diz que ''estes dois erros não perturbaram os portugueses'', que, ''largamente superiores aos turcos, asseguraram a qualificação graças aos pés esquerdos de Nico Gaitan (...) e Óscar Cardozo (...)''. O autor do artigo frisa que ''o paraguaio foi um autêntico veneno para a defesa de Istambul''.

''Um grande Benfica recupera do 1-0 da primeira mão na Turquia e voa para a final eliminando os turcos do Fenerbahçe. Super-Cardozo, que com a sua mágica esquerda a põe onde quer - precisamente duas vezes na baliza - contribuindo de forma determinante para o voo da 'águia' de Lisboa'', destaca, por seu turno, a Gazzetta dello Sport.

O jornal italiano diz que ''a iniciativa, como tinha de ser, foi do Benfica, literalmente demoníaco na busca do golo que levaria a equipa para o prolongamento'' e que chegou aos nove minutos, por Gaitan. Condenando o lance do penálti favorável ao Fenerbahçe, a Gazzetta sublinha depois a qualidade do pé esquerdo de Cardozo, apelidando-o de delicioso, mágico ou amado.

Entre os jornais britânicos, o Telegraph diz que o Benfica ''teve um início perfeito'' com o golo de Gaitan e que o penálti marcado por Dirk Kuyt foi contra a corrente do jogo, destacando que ''o remate rasteiro de Cardozo devolveu a vantagem ao Benfica e que o paraguaio estava de novo no sítio certo para marcar o crucial terceiro golo''.

Para o Sun, ''cirúrgico paraguaio fez a diferença entre as duas equipas'' e conduziu o Benfica à final de Amesterdão, com Chelsea, que será ''uma repetição do quarto de final da Liga dos Campeões da época passada em que os Blues passaram com uma agregado de 3-1''.

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