O FC Porto tem 60,3 por cento de hipóteses de assumir no sábado a liderança da I Liga de futebol, à luz do histórico dos confrontos caseiros com o Benfica, que, por seu lado, tem 15,4 de sair campeão do Dragão.
Em 78 jogos para o campeonato na casa “azul e branca”, os “dragões” somam 47 vitórias, contra apenas 12 dos “encarnados”, num clássico que regista ainda 19 empates (24,4 por cento), resultado que manteria o Benfica na frente após a 29.ª jornada.
A supremacia dos portuenses teve o seu ponto alto entre 1994/95 e 2003/2004, período em que arrancaram 10 triunfos consecutivos, seis dos quais por dois ou mais golos de diferença.
Desde então, e coincidente com a mudança do Estádio das Antes para o Estádio do Dragão, o Benfica atenuou um pouco a diferença, ao conseguir pontuar em quatro das oito ocasiões, incluindo a primeira vitória desde 1990/91 – 0-2 em 2005/2006.
Depois de a 28 de abril de 1991, um “bis” do suplente César Brito (81 e 84 minutos) ter dado o triunfo ao Benfica de Sven-Goran Eriksson, a equipa da Luz só voltou a vencer a 15 de outubro de 2005, novamente por 2-0 e com novo “bis”, agora de Nuno Gomes, que faturou aos 57 e 64 minutos.
Além dessa vitória, sob o comando do holandês Ronald Koeman, os “encarnados” conseguiram ainda igualdades em 2004/2005 (1-1), 2008/2009 (1-1) e na época passada (2-2).
Os portistas triunfaram, ainda assim, em 50 por cento dos encontros, com destaque para a histórica goleada de 5-0 conseguida em 2011/2012 pelo “onze” de André Villas-Boas, que viria a acabar o campeonato invicto (três empates).
Um tento de Silvestre Varela (12 minutos) e “bis” do colombiano Radamel Falcao (25 e 29), agora no Atlético de Madrid, e do brasileiro Hulk (79, de grande penalidade, e 89), vendido no início da presente época ao Zenit, selaram a “manita”.
Na época passada, o Benfica “retificou” e conseguiu uma igualdade a dois, recuperando de duas situações de desvantagem: Cardozo (47 minutos) anulou o tento de Kléber (37) e Gaitan (82) o de Otamendi (50).
Foi a 78.ª viagem dos “encarnados” ao reduto dos “azuis e brancos”, que começaram muito bem o clássico, ao manterem-se invictos nos primeiros oito (cinco vitórias e três empates), cedendo a primeira derrota em 1942/43 (2-4).
Até ao início da década de 50, o Benfica ainda venceu mais três encontros, mas, de 1950/51 a 61/62, o FC Porto mostrou-se insuperável (10 vitórias e dois empates), num período em que se destacam três 3-0 consecutivos (54/55 a 56/57).
Em 1962/63, um golo do “inevitável” Eusébio valeu uma vitória por 2-1 e o fim do jejum de triunfos do Benfica, que só voltaria a ganhar em 69/70: a essa derrota, o conjunto da casa respondeu com a então maior goleada de sempre (4-0 em 70/71, com quatro tentos de Lemos).
A década de 70 acabou, no entanto, por vir a ser o melhor período dos “encarnados”, que em 1971/72 ganharam por 3-1 e conseguiram, depois - pela primeira e única vez em “solo” portista -, três triunfos consecutivos, entre 74/75 e 76/77.
O Benfica venceu por 3-0 em 1974/75 (golos de Vítor Martins, Moinhos e Toni), por 3-2 em 75/76 (Vítor Martins e “bis” de Jordão) e, finalmente, por 1-0 em 76/77, com um tento de Fernando Chalana.
Em 1977/78, o FC Porto colocou um ponto final numa “seca” de 18 épocas sem vitórias no nacional e iniciou também um período de ainda maior superioridade nos jogos caseiros com o Benfica: desde aí, soma 24 vitórias, nove empates e apenas duas derrotas.