A canoagem portuguesa está ''chocada'' com o corte de 20 por cento até agosto na dotação pública para o alto rendimento da modalidade, manifestando-se ''preocupada, revoltada e altamente desmotivada'' com o que considera o desprezo da tutela pelo ''mérito desportivo''.
''Esta ausência de estratégia para o desporto de alto rendimento é apenas mais do mesmo. A federação estava convicta e crente de que finalmente a política e discurso do mérito seria mais do que mero discurso. E ficamos ainda mais chocados quando vemos que o corte, a renegociar após agosto, é afinal cego, igual para todas as federações, não premiando o mérito no alto rendimento'', criticou o presidente da federação de canoagem Mário Santos, em declarações à agência Lusa.
O dirigente, que foi Chefe de Missão de Portugal a Londres2012 e será igualmente o responsável luso no Rio2016, recordou que a canoagem ''teve mais de 70 pódios internacionais nos últimos anos'' e que nos derradeiros Jogos Olímpicos ''conquistou a única medalha e metade dos 28 pontos de Portugal'' no evento, sendo que, ainda assim, ''no ranking dos apoios do Estado está muito abaixo do ranking dos resultados de mérito desportivo''.