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O avançado português Cristiano Ronaldo prepara-se para voltar a ser o melhor marcador da Liga dos Campeões de futebol, repetindo a proeza que cometeu em 2008, mas com a importante diferença de já não poder vencer a prova.
O jogador do Real Madrid marcou 12 golos na presente edição da Liga dos Campeões, mais quatro do que os que apontou em 2008, quando foi o “artilheiro” da competição e ergueu o troféu na final em que o Manchester United bateu o Chelsea no desempate por grandes penalidades.
Depois da eliminação do Real Madrid nas meias-finais frente ao Borussia de Dortmund, Ronaldo pode apenas esperar que a “fonte” do polaco Robert Lewandowski, avançado da equipa alemã e segundo melhor marcador, com 10 remates certeiros, tenha secado no confronto com o clube da capital espanhola.
Para ultrapassar o internacional português na final com o Bayern de Munique, marcada para 25 de maio, Lewandowski nem precisa de ter a pontaria tão afinada como teve no jogo da primeira mão das “meias”, no qual marcou os quatro golos da vitória por 4-1 do Dortmund, tendo Ronaldo apontado o tento solitário dos “merengues”.
O avançado do Real Madrid tem vivido na sombra do argentino Lionel Messi, melhor marcador da “Champions” e melhor futebolista do Mundo nas últimas quatro temporadas, mas pode voltar ao topo do futebol europeu, pelo menos na qualidade de melhor marcador, tal como sucedeu em 2008.
Autor de oito golos naquela campanha, Ronaldo revelou-se decisivo para a vitória do Manchester United – o único troféu que conquistou na principal prova europeia de clubes -, ao inaugurar o marcador na final com o Chelsea, apesar de ter falhado depois no desempate por grandes penalidades.
Na época anterior, na qual concretizou três golos, o avançado português estreou-se a marcar na liga “milionária” a 10 de abril de 2007, na goleada por 7-1 à AS Roma, “bisando” aos 44 e 49 minutos, apesar de já ter faturado no ano anterior frente aos húngaros do Debrecen, mas ainda na fase preliminar.
A temporada 2008/2009 foi uma das menos produtivas, com Ronaldo a acertar apenas quatro vezes na baliza adversária, apesar de ter sido o maior rematador da prova (34 tentativas), marcando o início do “reinado” de Messi, autor de nove tentos, um dos quais no jogo decisivo, em que o FC Barcelona se impôs a Ronaldo e ao Manchester United.
O jogador do Real Madrid reduziu a diferença na época seguinte, já no ataque do Real Madrid, assumindo-se como o segundo melhor marcador, com sete golos, contra oito do rival argentino, mas Messi voltou a destacar-se em 2010/2011, ao apontar 12 tentos – o dobro de Ronaldo -, na caminhada triunfal do Barcelona, que voltou a bater o Manchester United na final, desta vez sem o português.
Apesar de clube catalão ter falhado a revalidação do título na época seguinte, isso não impediu Messi de voltar a assumir-se como o melhor marcador, com 14 remates certeiros, enquanto o avançado do Real Madrid, treinado pelo compatriota José Mourinho, se ficou pelos 10, atrás também do alemão Mario Gomez (12).
Ronaldo saiu esta temporada da “sombra” de Messi, uma vez que o avançado argentino se ficou pelos oito tentos, ainda que os 12 golos marcados pelo português na “Champions” não tenham permitido ao Real Madrid apurar-se para a final.
O jogador português é já o quarto melhor marcador da história da competição, com 50 remates certeiros, em igualdade com o francês Thierry Henry, e apenas superado pelo holandês Ruud van Nistelrooy (56 golos), já retirado, Messi (59) e o espanhol Raul, recordista, com 71.
