Lydua Nsekera, do Burundi, tornou-se hoje a primeira mulher eleita para o Comité Executivo da FIFA, em 109 anos de existência do organismo que rege o futebol mundial.
Nsekera, que já fazia parte do Comité Executivo por convite, foi eleita para um mandato de quatro anos no congresso da FIFA que está a decorrer nas Ilhas Maurícias, numa lista de 24 membros que terá a inclusão de mais duas mulheres, Moya Dodd (Austrália) e Sonia Bien-Aime (Ilhas Turcas e Caicos), mas ambas por convite.
O Comité Executivo vai integrar assim um total de três mulheres, algo inédito desde que a FIFA foi fundada, a 21 de maio de 1904.
“Uma mulher foi chamada pela primeira vez para o Comité Executivo em 2012 e, passado um ano, uma mulher foi oficialmente eleita, com outras duas a receberem convites. Levámos 109 anos a chegar a este ponto”, afirmou o presidente da FIFA, o suíço Joseph Blatter.
Outra das mudanças aprovadas hoje no congresso, e como já era esperado, diz respeito ao processo de designação dos países organizadores de Campeonatos do Mundo, que passa a ser por votação das 209 federações, quando antes essa eleição era apenas realizada entre os membros do Comité Executivo.
Este processo sofreu muitas críticas depois de a Rússia e o Qatar terem ganhado a corrida à organização dos Mundiais de 2018 e 2022, respetivamente.
Dos 207 votos possíveis, 198 foram a favor desta alteração, enquanto apenas dois se mostraram contra, com sete abstenções.