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As alegações finais do julgamento de João Vale e Azevedo, indiciado de alegada apropriação de mais de quatro milhões do Benfica resultantes de transferências de futebolistas, realizam-se hoje, sem a presença do antigo presidente do clube.
A sessão de julgamento na 3.ª Vara Criminal de Lisboa está programada para ter início às 09:30, inicialmente com a inquirição a duas testemunhas, por videoconferência, apresentadas pela defesa de Vale e Azevedo, que não foram ouvidas anteriormente devido a dificuldades de notificação.
Após a audição das testemunhas, o coletivo de juízes dará início às alegações finais deste processo, em que Vale e Azevedo é acusado ainda de branqueamento de capitais e falsificação de documento.
Presidente do Benfica de 03 de novembro de 1997 a 31 de outubro de 2000, Vale e Azevedo apenas esteve presente no tribunal a 20 de novembro de 2012, oito depois de ter sido extraditado de Inglaterra para Portugal.
Vale e Azevedo esteve somente 15 minutos perante o coletivo de juízes e usou a prerrogativa da lei no âmbito de extradição para Portugal (princípio da especialidade) para não mais estar presente no julgamento.
A sua alegação foi a de que ''não pode ser sujeito a procedimento penal por infração praticada em momento anterior'' à sua extradição, ao abrigo do mandado de detenção emitido após fixado o cúmulo jurídico de 11 anos e meio no âmbito dos processos Ovchinnikov/Euroárea, Dantas da Cunha e Ribafria.
Por isso, Vale e Azevedo pediu que cessassem as sessões de julgamento na 3.ª Vara Criminal de Lisboa e que o juiz presidente, José Manuel Barata, fosse afastado, mas o Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou.
Nesta ação, estão em causa as transferências dos futebolistas britânicos Scott Minto e Gary Charles, do brasileiro Amaral e do marroquino Tahar El Khalej.
