O futebolista do FC Barcelona Leonel Messi e o seu pai, Jorge, foram hoje constituídos arguidos por fraude fiscal e serão ouvidos em tribunal no próximo mês de setembro.
Um juiz do tribunal de instrução número 3 de Gavá (Barcelona) admitiu assim a trâmite à queixa contra os dois, apresentado apela Procuradoria de Delitos Económicos.
No passado dia 12, a procuradoria apresentou uma queixa contra os dois pelo desvio de mais de quatro milhões de euros à Agência Tributária entre 2006 e 2009.
Segundo o processo, citado pela imprensa espanhola, a estratégia consistia, alegadamente, em simular ceder os direitos de imagem do avançado argentino a sociedades radicadas em paraísos fiscais (Belize e Uruguai).
Paralelamente, formalizava contratos de licença, agência ou prestação de serviços com outras empresas com sede em países como o Reino Unido e a Suíça.
As receitas do futebolista passavam assim destes países europeus para as sociedades com sede nos paraísos fiscais, praticamente sem pagar impostos e com ''total opacidade'' relativamente à Fazenda Pública.
O jogador negou já qualquer irregularidade nas suas contas.
O presidente do FC Barcelona, Sandro Rosell, disse também que o clube não tem ''qualquer dúvida sobre a inocência'' do futebolista internacional argentino.
''Falei com a família. Estão muito serenos, super serenos. E nós, como clube, estamos igualmente serenos e prestaremos o nosso apoio, porque não temos qualquer dúvida sobre a inocência total de Leo'', afirmou durante uma conferência de imprensa.