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Associação de Futebol de Lisboa desafia ministro e ameaça parar campeonatos

A Associação de Futebol de Lisboa (AFL) ameaçou hoje parar todas as competições desportivas por si organizadas, se o governo insistir na aplicação do decreto-lei que obriga os clubes a pagar o policiamento nos estádios.

Associação de Futebol de Lisboa desafia ministro e ameaça parar campeonatos
Futebol 365

''Vamos parar novamente todas as competições na próxima época desportiva, se o Sr. ministro [da Administração Interna], até ao final de agosto, não recuar na aplicação do decreto-lei'', acentuou o presidente da AFL, Nuno Lobo, após uma reunião da associação na sede, em Lisboa.

Nuno Lobo adiantou que os clubes reiteraram que não têm orçamento para assegurar o policiamento nos estádios, como determina o diploma aprovado pelo executivo, e vão deixar ''25 mil crianças sem competir'', caso o executivo mantenha a atual legislação em vigor.

''O sr. ministro quer privatizar a segurança em Portugal, mas nós não vamos permitir'', acusou o dirigente da AFL, lembrando que ''os clubes querem o policiamento, mas não têm dinheiro para o pagar''.

Com a ''crise social'' que reina no país, os clubes ''não têm condições para ter 490 jogos por semana sem policiamento'', sustentou.

Nuno Lobo adiantou, por outro lado, que a AFL vai ''convidar o ministro a passar um dia em Lisboa, sem seguranças, membros do gabinete ou condutores'' para conhecer as instalações de futebol e futsal amadores.

''Temos a consciência, depois deste processo negocial, que o sr. ministro tem alguma dificuldade em perceber o futebol amador'', acusou, reiterando o convite a Miguel Macedo para ''sair dos camarotes presidenciais dos estádios da I Liga'' e observar a realidade.

O dirigente desportivo recordou que ''onde há mais ofensas à integridade física é nos escalões de formação, não é nos seniores''.

Lobo assegurou que metade dos clubes presentes na reunião admitiram não poder sustentar o policiamento e, nesse sentido, ''25 mil crianças vão ficar sem competir'', caso o governo insista na aplicação do decreto-lei.

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