O selecionador e o “capitão” da seleção japonesa de futebol de praia são brasileiros e garantem que estão no Japão para revolucionar o ''mundo da bola em areia'', entre outras modalidades.
Há quatro anos que Ruy Ramos é treinador da seleção do Japão de futebol de praia e, em dezembro de 2012, o avançado Ozu Moreira, brasileiro e naturalizado japonês, juntou-se ao técnico, depois de ter jogado no país desde 2007
Ambos formam agora o ''núcleo duro'' de uma seleção que tem surpreendido nas várias competições que disputa, casos do segundo lugar no Mundial de 2009 e da vitória de hoje, em Gaia, frente à Espanha, campeã do Mundo e da Europa, por 4-2.
''Tanto no futebol de campo como no futebol de areia e futsal, o Brasil está a dar cartas no Japão. Com a naturalização de treinadores e jogadores brasileiros, o Japão está a ficar forte em várias frentes. A Ásia, aliás, está ficar muito forte nestas modalidades muito graças aos contributos de brasileiros'', disse o técnico, em declarações à Lusa.
No entanto, Ruy Ramos contou que os nipónicos ainda encaram o futebol de praia como ''uma brincadeira'' e lamentou que ainda existam ''poucos grandes valores'' japoneses, salientando que a tendência é para ''mudar esse rumo'' e alcançar ''mais crescimento''.
Por sua vez, Ozu, que chegou a defender as cores da seleção B brasileira de futebol de praia e recusou um convite para representar a A por estar ''rendido'' e ''completamente integrado'' no Japão, referindo que o ''crescimento'' dos japoneses nas várias modalidades vai ser uma realidade no máximo em ''cinco anos''.
''No domingo [o Japão joga com a Itália no terceiro jogo do Mundialito de futebol de praia], vamos entrar com vontade de vencer para, pelo menos, conquistar o segundo lugar na prova. Já nos olham com mais respeito. O Japão, muito graças às orientações de brasileiro, será uma potência nesta e noutras modalidades muito em breve'', rematou o avançado.