O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Mário Figueiredo, apelou hoje à intervenção estatal para a criação de uma taxa sobre as apostas desportivas, como forma de aliviar a situação de tesouraria dos clubes.
Durante a comemoração do 103.º aniversário da AF Lisboa, Mário Figueiredo realçou o facto de a Liga portuguesa ser considerada a quinta mais competitiva da Europa e a única que apresentou um saldo positivo na balança das transferências.
O dirigente diz não entender como é que existem empresas de apostas desportivas que vivem das performances dos clubes portugueses e que até agora o governo não tenha incluído uma alínea no próximo orçamento de Estado que preveja a criação de uma taxa.
''Há apostas desportivas sobre todos os clubes de futebol e o Estado não as taxa. Se o fizesse poderia arrecadar mais de 100 milhões de euros. Não se percebe como é que os anos passam e nada foi feito até agora. Todos os clubes poderiam beneficiar com isso'', criticou Mário Figueiredo.
Antes da cerimónia começar o dirigente recusou falar sobre a alegada agressão por parte de Adelino Caldeira, administrador da SAD do FC Porto, a Nuno Lobo, presidente da AF Lisboa, nem se pronunciou sobre a acusação do presidente do Nacional, Rui Alves, que revelou haver um movimento para destituir Mário Figueiredo do cargo de presidente da Liga.