A treinadora da seleção portuguesa de sub-17 está confiante no trabalho das suas jogadoras para o apuramento para a fase final do Europeu da categoria, acreditando que está a ser criada uma “base forte” na formação do futebol feminino.
“Como a nossa capitã teve oportunidade de dizer, para as jogadoras significa um orgulho imenso e é uma prova dada de que têm algum talento. Para nós, equipa técnica, é o reconhecimento do trabalho que fizemos, que nos levou a algum sucesso. Temos caminho para andar, margem de evolução e progressão”, disse Susana Cova à agência Lusa.
Para a treinadora, além da importância da equipa sub-17 estar na qualificação para a fase final do Europeu, é igualmente notório o facto de estar a ser criada “uma base forte de formação” para que Portugal alcance cada vez mais melhores resultados nos vários escalões.
“Nesta seleção os resultados que formos conseguindo são importantes, mas [a ideia] é cada vez mais ir criando uma base sustentável de modo a alimentar com mais qualidade as seleções que vêm a seguir, as sub-19 e as AA, que é para isso que servem as seleções de formação”, explicou.
Para Susana Cova há que ganhar “às dezenas de anos perdidos” em relação à formação que os outros países têm vindo a desenvolver e que já “andam a recolher frutos”.
Em relação à Ronda de Elite, onde vai definir-se o apuramento para a fase final do Europeu, Susana Cova garantiu que a seleção lusa não vai ser o “bobo da festa”.
“Sabemos que existe qualidade no nosso grupo e sabemos que vamos criar no adversário aquilo que os outros vão tentar fazer connosco, criar o maior número de dificuldades, vamos tentar explorar o máximo possível as dificuldades dos outros através das nossas mais-valias”, sublinhou.
Portugal defronta a Dinamarca, a 15 de outubro, em Fátima, a Itália, dia 17, em Torres Novas, e a República Checa, dia 20, também em Torres Novas.
Embora não tendo uma tabela de dificuldade para os adversários, Susana Cova reconhece que a Dinamarca e a Itália gostam de um “futebol construído, ofensivo, organizado”, enquanto a Republica Checa é “mais possante e com jogo mais direto” e talvez por isso, o adversário mais forte.
“A República Checa é mais possante, embora as outras não deixem de o ser, mas não querem ganhar na capacidade física. Não nos agrada muito esse tipo de jogo, gostamos de mostrar qualidade ao público e esse tipo de jogo aborrece-nos”, adiantou a técnica.
Nesta Ronda de Elite participam 24 equipas. Portugal defronta Dinamarca, Itália e República Checa e garante o apuramento se vencer o seu grupo ou for o segundo melhor classificado entre todos os grupos.