O presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, reconheceu hoje, em tribunal, que deve mais de 27 milhões de euros ao fisco alemão, arriscando uma pena de prisão até 10 anos.
“A defesa mantém os valores dados como relevantes [pelos serviços fiscais bávaros] e não tem nada a contestar”, referiu o advogado do dirigente, Hanns W. Feigen, na terceira audiência num tribunal de Munique.
O presidente do Bayern de Munique arrisca uma pena até 10 anos de prisão, sendo que os tribunais alemães costumam decretar prisão efetiva para crimes fiscais superiores a um milhão de euros.
Caso não seja interposto nenhum recurso de última hora, a pena de Hoeness deverá ser conhecida na quinta-feira.
O montante da fraude fiscal aumentou desde o início do julgamento, na segunda-feira. Aos 3,5 milhões de euros do início do processo, seguiu-se a confissão do próprio de um crime de 18 milhões, mas uma inspetora das finanças falou em “pelo menos” 23,7, aos quais o Ministério Público junta o montante inicial, pelo que o total ascenderá aos 27,2 milhões.
Apesar de estar a ser julgado, Hoeness presenciou na terça-feira, na tribuna de honra, ao empate do Bayern com o Arsenal (1-1), que garantiu à equipa de Munique a qualificação para os quartos de final da Liga dos Campeões de futebol.