Jorge Costa diz que o Paços não se dispersa com o essencial mas está atento

"Ponto um, o mais importante é que temos de fazer o nosso trabalho. Ponto dois, também estamos atentos, mas não nos dispersamos", disse Jorge Costa, após muita insistência dos jornalistas.

O importante jogo em Vila do Conde, frente a um Rio Ave eventualmente diferente do habitual, por força da estratégia de poupança do seu técnico, a pensar na final da Taça da Liga, com o Benfica, na quarta-feira, dominou parte da conferência de antevisão, mas Jorge Costa evitou sempre a polémica.

"Há coisas que consigo controlar, que é que se passa na minha casa, e, por vezes, nem sempre tenho sucesso, pelo que pouco me interessa o resto", afirmou, sobre o "onze" que o Paços de Ferreira poderá defrontar no domingo o Rio Ave.

A polémica foi protagonizada pelos dirigentes do Belenenses, concorrentes diretos da formação pacense na luta pela permanência, embora com bem menos ruído do que a poupança protagonizada pelo Rio Ave frente ao "lanterna vermelha" Olhanense, antes da decisiva meia-final da Taça de Portugal.

O técnico pacense lamentou que se "falou muito sobre coisas fora do futebol" durante a semana, mas admitiu que todo esse ruído deu-lhe a "grande vantagem" de focar os jogadores para o jogo em Vila do Conde.

"Tenho 42 anos e desde os 14, quando comecei a jogar, sempre me habituei a respeitar toda a gente. Tenho outras prioridades e mal de mim olhar para a casa do vizinho sem tem a minha arrumada", afirmou o técnico pacense.

Questionado sobre se não sentiu a sua casa desrespeitada com as insinuações dos dirigentes do Belenenses, Jorge Costa hesitou, demorou na resposta, sem com o objetivo de "não incendiar mais" as coisas.

Mas, no fim de um longo silêncio, concluiu: "o que poderei dizer é que daqui a nove dias voltaremos a falar".

O Paços de Ferreira, no 15.º e penúltimo lugar, com 23 pontos, defronta o tranquilo Rio Ave, 11.º, com 31, no domingo, às 18:00, num jogo com arbitragem de Manuel Mota, de Braga.