Edgar Borges assume maior potencial de Portugal na qualificação dos sub-19

“Temos de assumir que somos a equipa com mais potencial e que o nosso objetivo é estar na ronda de elite, dando continuidade ao processo evolutivo e de conquista de ranking nos escalões de formação”, disse Edgar Borges, em declarações à agência Lusa, lembrando que Portugal “é, neste momento, o primeiro classificado dos escalões de formação a nível europeu”.

A seleção nacional inicia a ronda de qualificação, que vai decorrer no Algarve, no dia 12 de novembro frente ao País de Gales, defronta a Albânia dois dias depois, a 14, e finaliza a competição perante a Dinamarca, a 17 de novembro.

Edgar Borges fez uma avaliação sobre cada um dos opositores da formação lusa, a começar pelo País de Gales, que “é uma seleção que pratica, dentro da filosofia anglo-saxónica, um jogo direto e um futebol atlético, mas que já está a ser mesclado com a intencionalidade de jogar a bola no pé e fazer um ataque mais posicional e mais elaborado”.

“É uma equipa agressiva em termos de atitude competitiva, mas que já gosta de sair a jogar e praticar um futebol mais rendilhado, ainda que lhe esteja no sangue uma atitude guerreira, de disputar todos os lances até à última”, admitiu.

Quanto ao segundo opositor, a Albânia, Edgar Borges “só sabe que foi disputar três jogos ao Dubai”, cujos vídeos a equipa técnica nacional não teve acesso, razão pela qual não pode ser caracterizada, facto que não preocupa o selecionador português, tendo em conta que “será devidamente analisada no primeiro jogo da ronda de qualificação, frente à Dinamarca”.

Finalmente, em relação à Dinamarca, o selecionador português não tem dúvidas de que se trata do adversário “mais poderoso” e que pratica um futebol “de grande competitividade e qualidade e que se está a aproximar dos índices do futebol da Europa central e ocidental”.

Detendo-se na seleção portuguesa, Edgar Borges promete entrega, se possível, qualidade de jogo, e a qualificação para a ronda de elite, que seria mais um passo para alcançar a fase final do Euro2015, a disputar na Grécia, pela quarta vez consecutiva, o que significaria um grande passo para a conquista do troféu Maurice Burlaz, que premeia a seleção com mais pontos acumulados nas fases finais.

“Está a ser feito um grande trabalho de equipa, de grande qualidade e referência, com o objetivo de criar uma identidade de jogo, os resultados estão a aparecer e não queremos voltar para trás”, disse Edgar Borges, para quem o facto de existir nesta seleção de sub-19 uma base de oito jogadores do Benfica “pode ser uma mais-valia”, porque os jogadores se “conhecem melhor e facilita as coisas em termos de arranjo tático e estratégico”.

Desafiado a opinar sobre a qualidade desta fornada de jogadores, comparando-a com a atual geração dos sub-21, que vão estar no Euro2015, na República Checa, Edgar Borges torneou a questão ao considerar a pergunta “polémica e melindrosa, uma vez que essa comparação é difícil por se tratar de tempos diferentes”.

“Eu gosto de comparar com equivalência de espaço e de contexto competitivo. Esta fornada dos sub-19 é boa, mas há gerações que têm mais soluções do que outras. Não nos preocupa esse tipo de reflexão, fazemo-la internamente, e procuramos potenciar ao máximo os jovens em cada uma das gerações”, concluir Edgar Borges.