Real Madrid procura manter domínio europeu no Mundial de Clubes

O “gigante” espanhol, com os portugueses Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão, vai entrar diretamente nas meias-finais da prova, que começa na quarta-feira, em Marrocos, aguardando o adversário, que vai sair do embate entre os mexicanos do Cruz Azul ou os australianos Sydney Wanderers.

O encontro entre os vencedores da Liga dos Campeões da CONCACAF e a formação da Oceânia, que venceu os sauditas do Al Hilal na discussão pelo título asiático, sucede ao jogo entre os argelinos do ES Sétif e o vencedor do “play-off”, que marca o arranque da competição e vai opor os anfitriões do Moghreb Tétouan aos neozelandeses Auckland City FC.

O principal adversário do Real Madrid, rumo ao seu primeiro título na competição, vai ser a formação argentina do San Lorenzo, clube do qual o papa Francisco é adepto, que, tal como a equipa espanhola, entra diretamente nas meias-finais.

Os vencedores da Taça dos Libertadores da América, que têm como jogador mais titulado e camisola "10" o antigo sportinguista Leandro Romagnoli, vão enfrentar o vencedor do encontro dos quartos de final entre os campeões africanos e o emblema que sobreviver ao “play-off”.

A 12.ª edição do Mundial de Clubes, que sucedeu à Taça Intercontinental, vai ser disputada pela segunda vez consecutiva em Marrocos, apesar de as autoridades do país terem solicitado o adiamento da Taça das Nações Africanas de 2015, cuja organização foi transferida para a Guiné Equatorial, devido à epidemia de Ébola.

Com este formato de competição, cinco clubes europeus já conquistaram este título, casos de AC Milan, Manchester United, FC Barcelona, Inter Milão e Bayern Munique, enquanto os quatro troféus sul-americanos foram sempre assegurados por emblemas brasileiros, através de Corinthians, em duas ocasiões, São Paulo e Internacional Porto Alegre.

Além dos internacionais portugueses do campeão europeu, as outras representações nacionais vão estar a cargo do avançado luso João Moreira, dos Auckland City FC, que recentemente recuperou de uma lesão, e do árbitro Pedro Proença, que já assumiu a ambição de arbitrar a final da competição.

Um pouco à margem, os jogadores do Sydney Wanderers estiveram relutantes quanto à participação no Mundial de Clubes, devido a uma disputa salarial, aceitando viajar para Marrocos, como uma demonstração de boa-fé, segundo um porta-voz da associação de futebolistas profissionais, citado pela agência AFP.

A mesma fonte explicou que o clube pretende pagar ao plantel 10% dos prémios do Mundial de Clubes, avaliados em cerca de 810.000 euros, apesar de os jogadores exigirem metade do valor global.