O ex-árbitro internacional Pedro Proença anunciou hoje, em Coimbra, ser candidato à presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
Pedro Proença, com o lema “Credibilizar a Liga, criar valor, internacionalizar”, disputará a liderança da Liga com Luís Duque, presidente do organismo.
O prazo para entrega das candidaturas termina hoje, às 18:00, estando as eleições marcadas para terça-feira, 28 de julho.
Depois de “uma profunda reflexão e do resultado dos diversos contactos” que estabeleceu “nas últimas semanas”, o ex-árbitro internacional decidiu candidatar-se àquele lugar porque acredita que pode ser “uma solução de convergência”.
Com um projeto “rigoroso e de ambição”, que “assenta em três objetivos fundamentais” (profissionalizar, credibilizar e criar valor), Pedro Proença, que falava durante uma conferência de imprensa num hotel de Coimbra, afirmou que quer que a Liga “seja forte, coesa e que dignifique o futebol profissional português nas suas principais competições”.
Assegurando que a sua candidatura “não é contra ninguém” e que, se vencer, no dia seguinte às eleições não haverá vencedores, nem vencidos, “mas sim, um projeto conjunto que conta com todos”, Pedro Proença sublinhou que a sua candidatura “tem como matriz, um forte empenho de todos os clubes e para todos os clubes, sem exceção”, da primeira e segunda ligas de futebol.
Pedro Proença anunciou, por outro lado, que não apresentará “lista [candidata], nem à Mesa da Assembleia Geral, nem ao Conselho Fiscal”, pois “estes são dois órgãos cuja constituição foi construída com base num bom trabalho de entendimento entre os clubes em 2014, o qual deve ser enaltecido e preservado”.
Do mesmo modo, para “o novo órgão nascido da revisão dos estatutos – o Conselho Jurisdicional” – Pedro Prença apresentará como candidato a presidente a mesma pessoa que presidia à anterior Comissão Arbitragem.
“Quero também deixar bem claro que não tenho a perspetiva de que os projetos devam nascer, necessariamente, de uma política de terra queimada”, salientou.
Mas há “muito a melhorar” e “muito a fazer”, advertiu.
“Garantir a sustentabilidade do negócio”, “acompanhar os modelos de sucesso na Europa”, “criar uma nova identidade”, “definir um ‘business plan’ mensurável e exequível”, “rentabilizar as várias vertentes do espetáculo”, “atrair mais público e mais patrocínios” são prioridades de Pedro Proença para “credibilizar o negócio futebol”.
O projeto do antigo árbitro assenta numa “estratégia e prioridades bem delineadas, que têm como objetivo central valorizar o espetáculo, aumentar o valor da marca ‘Futebol’ e a sua reputação, profissionalizando a oferta de forma a gerar mais receita para os clubes da primeira e segunda Liga”, afirmou.
“Repito: gerar mais receita!”, insistiu Pedro Proença, propondo-se, designadamente, “revitalizar a marca ‘futebol português’, enquanto negócio”, adequar a “estrutura profissional da Liga ao novo modelo de negócio” e “credibilizar o futebol nacional representando a sensibilidade dos clubes portugueses junto das instâncias internacionais”.
“O meu único compromisso é com o 'clube Liga' e com todos os seus associados por igual”, garantiu Pedro Proença.