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Gilberto Madaíl: Scolari fica mesmo sem recandidatura e Pepe é um grande valor

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madaíl, assegura que Luiz Felipe Scolari continuará como seleccionador, mesmo que o líder federativo não se candidate às eleições intercalares previstas para o próximo defeso.

Gilberto Madaíl: Scolari fica mesmo sem recandidatura e Pepe é um grande valor
Futebol 365

Scolari fez depender a sua continuidade da recondução de Madaíl, mas o presidente da FPF diz agora, em entrevista à Agência Lusa, que esta ''cláusula está completamente ultrapassada'' com as eleições de sábado, na qual a sua lista única obteve 71,5 por cento.

Por motivos de alteração dos estatutos, para se adequarem à nova Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto, deverá haver novas eleições no final da época, as quais, na óptica de Madaíl, já estarão fora do ''pacto'' entre os dois.

''Ainda não voltámos a falar sobre essa matéria, mas presumo que essa 'cláusula' está completamente ultrapassada e podemos apagá-la com uma borracha. Neste momento sinto-me liberto desse ónus, se não nunca mais saía daqui'', ironizou Gilberto Madaíl, que já não deve apresentar-se ao próximo sufrágio.

Sobre outro tema actual da selecção, a possível convocação de Pepe, um brasileiro que está prestes a obter a cidadania portuguesa, tal como sucedeu com Deco, Gilberto Madaíl não descarta a hipótese, até porque o defesa do FC Porto ''é um grande valor''.

''O Pepe até já disse que vibrava mais com a selecção portuguesa do que com a brasileira. Isso é um sentimento de nacionalidade e também faz parte da caracterização da selecção portuguesa. Para se representar uma selecção tem de se pensar numa bandeira'', defendeu Madaíl.

Para o presidente da FPF, a questão será analisada em sintonia com Luiz Felipe Scolari, que tem instruções específicas para não fazer convocações deste cariz sem o aval prévio da Direcção da federação.

''A decisão final está nas mãos da Direcção. Trata-se de uma questão que será vista a seu tempo e sempre no interesse da selecção.

Entendo que, tal como aconteceu com o Deco, não será um caso que descaracterizará a selecção, pois são jogadores praticamente formados aqui'', sustentou.

Segundo Madaíl, a FPF tem o dever de aproveitar o trabalho dos clubes e investir também na formação, mas não pode desperdiçar grandes talentos que estejam disponíveis.

''Temos de nos balizar entre essas duas metas, mas com uma 'tampa' por cima, porque não podemos descaracterizar o futebol português. Se por um lado estamos a formar e até procurar jovens em clubes estrangeiros, por outro não podemos ignorar grandes valores que se possam apresentar'', frisou.

Outro investimento federativo, mas ainda adiado, é a Casa das Selecções, um projecto delineado para Almargem do Bispo, Sintra, mas ''congelado'' devido a vários problemas burocráticos, que obrigaram a FPF a gastar ''mais de meio milhão de euros em projectos que tiveram de ser deitados fora''.

''Um conjunto de situações, entre elas a descoberta de vestígios do paleolítico na área, fez com que perdêssemos 30 por cento do terreno previsto. Para cumprir o protocolo, a Câmara de Sintra teve de comprar pequenos terrenos da propriedade de várias pessoas. Foi um processo moroso que só ficou concluído em Outubro'', explicou.

Depois dos vários problemas, Gilberto Madaíl assegura que só avança quando tudo estiver definido para então avalizar um investimento estimado em 10 milhões de euros e que poderá já estar ao serviço da selecção principal para o Europeu de 2008.

''A avaliar o que sucedeu com o centro de estágio do Benfica, e se as obras começarem ainda no primeiro trimestre de 2006, acredito que a infra-estrutura já poderá estar ao serviço da selecção para o Euro2008. Talvez ainda não na sua globalidade, mas com as áreas fundamentais'', esclareceu.

Ainda sobre o tema dos investimentos, Gilberto Madaíl aproveitou para reiterar que, ao contrário do entendimento do Governo, uma eventual candidatura de Portugal ao Mundial de 2018 não seria um projecto ''despesista''.

''Pouco ou nada havia para investir. Temos estádios, desde que sejam conservados em boas condições, temos auto-estradas, ferrovias, o projecto do TGV em curso e o aeroporto da OTA previsto para 2014. Por isso, um Mundial não traria muitas despesas'', garantiu.

LUSA

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