O ex-presidente da Federação Peruana de Futebol (FPF) Manuel Burga foi hoje extraditado para os Estados Unidos para ser julgado no âmbito do caso de corrupção na FIFA.
O antigo dirigente vai responder, nos Estados Unidos, pelo crime de associação criminosa, único a justiça peruana aceitou para extraditar Burga, sobre quem pendiam também duas acusações de fraude eletrónica e outras tantas de branqueamento de capitais.
Burga foi detido a 04 de dezembro de 2015 e esteve detido quase um ano antes de a extradição ter sido aceite pelo governo peruano a 24 de novembro deste ano, dia em que o Tribunal Constitucional rejeitou um pedido de ‘habeas corpus’ do advogado do ex-presidente federativo, César Nakazaki.
O peruano, de 58 anos, faz parte de um grupo de 16 pessoas, de altos cargos e ex-dirigentes da FIFA, acusados pela procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, de corrupção.
A investigação fala em subornos dos dirigentes, que chegariam aos 200 milhões de dólares, com acusações de associação criminosa, fraude massiva e branqueamento de capitais.
Burga encontra-se entre os dirigentes sul-americanos acusados de terem recebido dinheiro da empresa Datisa, no processo de adjudicação dos direitos televisivos da Copa América para 2015, 2016, 2019 e 2023.