A selecção portuguesa de futebol de sub-20 falhou hoje o terceiro lugar no Torneio de Toulon, ao perder com a Costa de Marfim, no desempate por pontapés da marca de grande penalidade (4-5).
No momento das decisões, depois da partida ter chegado aos 80 minutos com um empate sem golos, os guarda-redes das duas equipas ainda se destacaram, mas Portugal acabou por ter menor eficácia já na segunda série de penalidades.
O guarda-redes Bruno Costa brilhou ao defender duas grandes penalidades, mas o desacerto de Bruno Gama e Guedes, e mais tarde de Mano, na sétima grande penalidade, permitiu à Costa do Marfim colocar o resultado em 5-4.
No jogo de hoje, que decidia o terceiro lugar e depois de Portugal ter perdido na meia-final com a França (1-0), o técnico Carlos Dinis aproveitou para fazer algumas mexidas significativas na equipa.
Além de Bruno Costa se ter estreado na baliza, o técnico apostou ainda em Gonçalo Brandão, por troca com Vítor Gomes, e fez uma autêntica revolução no meio-campo e ataque, com as entradas de João Coimbra, Vieirinha, Steven Borges e Saleiro.
O “capitão” Bruno Gama, autor dos golos de Portugal na primeira fase (China 1-1 e Gana, 1-0), ficou de fora, com Carlos Dinis a apenas apostar na entrada do avançado do Sporting Braga já na segunda metade de jogo.
Guedes e Saleiro foram os homens mais avançados da equipa e coube ao primeiro as melhores ocasiões de golo, contudo o jogador do Penafiel nunca mostrou frieza suficiente para bater o guarda-redes Ibrahim Kone.
A poucos minutos do intervalo (38), Saleiro realizou a melhor jogada da equipa portuguesa em toda a primeira parte: foi à linha de fundo, no lado direito do ataque, e cruzou para a pequena área, onde Guedes atirou de cabeça junto ao poste de Kone.
Na segunda parte, a Costa do Marfim, com um jogo mais físico, ameaçou a baliza de Bruno Costa, logo aos 44 minutos, mas seria novamente Guedes (56 minutos), a atirar à figura do Kone, quando se encontrava sozinho, e depois a permitir a intercepção de um defesa (61).
Sem acerto nos aspectos ofensivos, Carlos Dinis já apostara em Bruno Gama (47 minutos), por troca com Saleiro, e ainda tentou mexer no miolo, com a entrada de Zezinando, por troca com Celestino, e Targino, para o lugar de Steven Pinto Borges, muito apagado.
O figurino do jogo não mudou muito, com Portugal a ter pouca capacidade de incomodar no último terço de campo, junto à baliza da Costa do Marfim, equipa com melhor capacidade física e que acabaria por resolver a questão na “lotaria” das penalidades.
LUSA