O FC Porto perdeu hoje o primeiro teste da época, derrotado por 1-0 frente ao Genk, vice-campeão belga de futebol, numa partida em que revelou ainda muitas debilidades e viveu à custa da inspiração de Ricardo Quaresma.
Após vencer adversários ''menores'', agora, no primeiro teste mais a sério, o FC Porto (ainda sem os titulares Helton, Lucho, Bosingwa, Lisandro, Fucile e os reforços Leandro Lima e Mariano Gonzalez), ''caiu'' num desafio marcado por uma arbitragem fraca e caseira, e onde faltou qualidade e sobraram picardias, resultando na expulsão, justa, de Bruno Alves (37).
Na Bélgica, o médio internacional sub-20 brasileiro Fernando, adaptado a lateral direito, foi o melhor dos reforços, uma vez que o desempenho dos restantes variou entre a mediocridade e a mediania, mesmo tendo em conta que se trata da pré-temporada e que o Genk é uma equipa com futebol mais físico e com preparação mais adiantada.
Agora, Jesualdo Ferreira tem até sábado para recuperar e tentar incutir na equipa maior velocidade e dinâmica para mostrar aos sócios, mesmo sem Anderson, Pepe e, provavelmente, Lucho, tem condições para lutar pelo tricampeonato e brilhar na Europa.
O desafio começou com um lance fulcral: Quaresma (11), de calcanhar, lançou Jorginho, travado em falta pelo guarda-redes, poupado ao penalti e devida expulsão.
O inicio da partida foi muito aberto e emotivo e aos 14 minutos Barda atirou forte ao poste direito, seguindo-se a resposta pelo inevitável Quaresma que, de trivela, ofereceu o golo a Adriano, que passou pelo guarda-redes, mas, com a baliza à mercê, não conseguiu marcar a menos de dois metros.
No lance imediato, Alex isolou Barda (Pedro Emanuel falhou o corte) que não teve problemas em marcar na cara de Nuno (1-0), no único tento do jogo.
A partir do golo, baixou claramente a qualidade do desafio, mas sobraram as picardias e os lances à margem da lei: o árbitro revelou proteccionismo aos belgas, mas esteve bem ao expulsar Bruno Alves (37) por ter agredido um adversário com uma cotovelada.
O FC Porto chegou ao intervalo com mais posse de bola, mas faltou profundidade ao seu futebol, notando-se, acima de tudo, a falta de um transportador/organizador de jogo, numa equipa demasiado dependente de Quaresma, que aos 32 viu o seu livre bater na trave, após desvio do guarda-redes.
João Paulo entrou para recolocar a defesa com quatro elementos e o trio do meio campo, mal na primeira parte, saiu de uma assentada, mas, com um elemento a menos, o FC Porto pouco fez para assustar, sendo até Fernando (64) a evitar um golo ''certo'' com corte sobre a linha fatal.
Na única oportunidade para marcar no segundo tempo, Hélder Postiga (84) atirou às malhas laterais, com o guarda-redes fora da baliza ao seu encontro: o FC Porto dominou na posse de bola e rematou mais, mas esteve longe de convencer.
O FC Porto alinhou em ''4x3x3'' com Nuno, Fernando, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Lino, Paulo Assunção, Raul Meireles, Kazmierczak, Jorginho, Quaresma e Adriano. Jogaram ainda João Paulo, Cech, Bollati, Luís Aguiar, Hélder Postiga, Edgar e Tarik.
LUSA