O presidente do Sindicato dos Jogadores de Futebol Profissional (SJFP), Joaquim Evangelista, disse hoje que até sexta-feira o defesa brasileiro Anderson deverá receber a nota de culpa no processo disciplinar aberto pelo Benfica.
Em declarações à Agência Lusa, Joaquim Evangelista afirmou que o futebolista recorreu ao apoio do SJFP e que depois de receber a nota de culpa ''terá a oportunidade de se defender'', embora acredite que haverá entendimento entre as partes.
Anderson encontra-se sob a alçada de um processo disciplinar no Benfica, depois de se ter recusado a viajar no final de Julho com a equipa para a Roménia, onde os ''encarnados'' participaram no centenário do Cluj, devido a doença do seu filho.
Desde então o jogador nunca mais treinou com a equipa de futebol e a imprensa tem noticiado o interesse dos brasileiros do Cruzeiro no seu concurso, embora o negócio ainda não tenha chegado a bom termo.
Ao que tudo indica o Cruzeiro terá oferecido inicialmente 1,25 milhões de euros por 50 por cento do passe de Anderson, mas o acordo acabou por não se concretizar devido ao facto do Benfica ter mais tarde exigido o pagamento da totalidade dos direitos (2,5 milhões de euros).
''O que importa aqui é resolver de uma assentada o problema familiar e desportivo. É nesse sentido que o Sindicato pode actuar'', frisou Joaquim Evangelista, acrescentando que o organismo já falou com o clube da Luz e que está convencido que haverá uma solução.
O dirigente sindical disse ainda manter conversas com o defesa brasileiro, que se tem ''mantido forte e com o apoio da família'' e que o próprio Benfica ''está interessado em resolver esta situação''.
A finalizar, Joaquim Evangelista lamentou que algumas pessoas não compreendam a missão do SJFP na defesa dos seus associados e deu como exemplo o ''caso Dady'', jogador que se desvinculou do Belenenses para assinar pelo Osasuna.
''É nosso objectivo defender e, se possível, conciliar posições. Há dezenas de jogadores que diariamente recorrem ao Sindicato, mas uns são mais conhecidos do que outros'', adiantou o dirigente, explicando que os casos diferem entre si, e uns têm mais razão que outros.
LUSA