O Paços de Ferreira recebeu e venceu hoje o Estoril-Praia por 1-0, para a 10.ª jornada da I Liga de futebol, e afastou-se dos lugares de descida, num jogo intenso e que ficou decidido ainda primeira parte.
O único golo do jogo foi anotado pelo estorilista Abner, na própria baliza, aos cinco minutos, quando, na tentativa de desfazer um centro de Mabil da esquerda, introduziu a bola nas suas redes, acabando por prolongar a série de maus resultados do Estoril, que hoje somou a nona derrota consecutiva da época, contabilizando campeonato e taças da Liga e de Portugal.
Com este triunfo, o quarto dos pacenses como visitado contra apenas dois dos estorilistas em nove confrontos para a I Liga, o Paços ascende provisoriamente ao nono lugar, com 12 pontos, mais longe dos lugares de descida e do lanterna-vermelha Estoril-Praia, que mantém seis.
O Paços, com Bruno Santos e João Góis nas laterais da defesa, Mateus como médio mais defensivo no lugar de André Leão, relegado para o banco de suplentes, e Mabil como primeiro apoio de Welthon no ataque, iniciou o jogo ligado à corrente, com os jogadores a revelarem um grande sentido de entreajuda e, sobretudo, grande rapidez à perda.
Esta atitude coletiva condicionou a construção de jogo do Estoril, ‘amarrando' os adeptos ao jogo e justificando em parte o triunfo conseguido, e retirou espaço aos seus médios, demasiado dependentes de ações individuais, especialmente de Victor Andrade, um jogador de grandes recursos técnicos, que, invariavelmente, ‘morriam' antes de a bola chegar ao último reduto pacense.
De pouco valia a melhor relação individual com a bola dos estorilistas, sem o central Pedro Monteiro desde muito cedo, por lesão, uma das cinco alterações promovidas no ‘onze' por Filipe Pedro, treinador interino após a saída de Pedro Emanuel.
Nesta relação de forças foi importante para serenar o golo conseguido cedo pelos pacenses, aos cinco minutos, numa jogada iniciada por Mabil, um dos melhores em campo, e concluída por Abner, cujo corte inadvertido levou a bola para a sua própria baliza.
O Paços ganhava um novo suplemento anímico e mantinha a pressão sobre o Estoril, com Welthon, aos 13, e Baixinho, 25, a ficarem perto do golo e de darem uma expressão mais condizente ao resultado com o que se passava em campo.
A reação estorilista chegou sem surpresa no segundo tempo, graças à maior velocidade de circulação da bola e dos seus jogadores, em especial de Abner e Victor Andrade, mas a capacidade de sofrimento dos pacenses, reduzidos a 10 elementos a partir dos 84 minutos, por expulsão por acumulação de amarelos do lateral Bruno Santos, resistiu a tudo.
Halliche, de cabeça, aos 52 minutos, dispôs de uma das oportunidades mais flagrantes para o Estoril, uma equipa que também mostrou argumentos para realizar um campeonato tranquilo e que acabou o jogo a colocar bolas no interior da área pacense.
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