O apuramento para o campeonato da Europa de futebol de 2008 está “mais próximo” depois da vitória de sábado no Azerbaijão (2-0), assumiu hoje o internacional português Cristiano Ronaldo.
Com 50 internacionalizações e na véspera de defrontar o Cazaquistão - selecção frente à qual se estreou, a 20 de Agosto de 2003, em Chaves -, Cristiano Ronaldo foi hoje o rosto da motivação lusa e, embora salientando que a “tranquilidade” é maior agora, lembrou faltarem ainda três finais.
“Há mais tranquilidade porque pensamos que o apuramento está mais próximo. Vencemos o último jogo e queremos vencer de novo. Mas penso que temos de encarar os próximos três jogos como finais. Quarta-feira é mais uma, no Cazaquistão. Nos dois jogos em Portugal (Arménia e Finlândia) pode ser mais fácil porque temos os nossos adeptos, mas temos de encarar um jogo de cada vez”, disse Ronaldo.
Na antevisão ao jogo com o próximo adversário na caminhada rumo ao Europeu da Áustria e Suíça, a “estrela” do Manchester United revelou que o Cazaquistão tem “mais qualidade” do que o Azerbaijão e considerou ser importante marcar cedo para ganhar tranquilidade.
“Temos de entrar com o intuito de querer vencer. Sabemos que vai ser mais complicado, mas a equipa está confiante. O Cazaquistao vai querer vencer e criar-nos dificuldades e, por isso, temos de entrar bem e com espírito ganhador”, explicou.
O internacional português admitiu ter evoluído muito desde a estreia em Chaves pela selecção das “quinas”, mostrou-se satisfeito por ter sido escolhido para “capitão” no jogo com o Azerbaijão (vitória por 2-0, com golos de Hugo Almeida e Bruno Alves), mas sublinhou que, no “grupo, todos têm a sua responsabilidade”.
“Não sinto qualquer tipo de pressão. A única pressão é ganhar e dignificar a camisola. Todos nós, não só eu, temos responsabilidades. Quando todos cumprem é mais fácil conseguirmos resultados positivos”, disse.
Cristiano Ronaldo, constantemente assediado por adeptos cazaques e até jornalistas, tal como já tinha acontecido no Azerbaijão, explicou ser sua intenção continuar sempre a evoluir, não só como futebolista, mas também como pessoa.
O extremo desvalorizou as condições dos relvados desta jornada dupla e o facto de constantemente trocar de ala em prol do trabalho da equipa, salientando que a ausência, por castigo, do seleccionador do banco não condicionou a exibição lusa, nem o fará quarta-feira.
“O Miguel Veloso já disse que Murtosa e Scolari são um só. Não vai haver nenhuma diferença. Scolari faz falta no balneário e no banco, mas o que importa é que a equipa trabalhe e vença”, frisou.
Admitindo não se sentir uma “estrela”, embora “positivamente surpreendido” pelos constantes sinais de apoio e admiração, Cristiano Ronaldo explicou também como jogar quando o avançado é Hugo Almeida e não Nuno Gomes, lesionado.
“Não tenho qualquer problema em jogar com Nuno Gomes, tal como acontecia com o Pauleta. O Hugo Almeida e Makukula são mais altos e fortes e têm grande qualidade. Espero que o Makukula se adapte bem e que o Hugo, que já nos conhece bem, mantenha o seu trabalho. É normal que nos adaptemos aos avançados. O Hugo precisa de mais cruzamentos que o Nuno. Mas a minha forma de jogar é quase igual”, concluiu.
As selecções de Portugal e do Cazaquistão defrontam-se quarta-feira no Tcentralny Stadium, em Almaty, num jogo com início agendado para as 20:00 locais (15:00 em Lisboa) de quarta-feira.
LUSA