O treinador Carlos Queiroz deixou hoje entender que não colocará entraves em vir treinar a selecção portuguesa, mas deixou o seu futuro imediato num acordo entre o Manchester United e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
''Neste momento o que é importante é estabelecer o acordo entre instituições. Depois, a minha posição não será nenhum problema'', disse o actual treinador-adjunto do clube inglês, deixando entender que a sua vontade é regressar a Portugal.
Queiroz voltou a insistir que nesta fase do processo ''dizer nada é dizer bem'', no sentido de ''não poder acrescentar nada àquilo que a imprensa já sabe e publicou''.
''Neste momento, as coisas estão a ser tratadas pelos responsáveis das duas instituições que estão aqui em causa. Temos de confiar que essa solução e negociações decorram com a tranquilidade, serenidade e dignidade que as mesmas exigem'', sublinhou.
O técnico, de 55 anos, escusou-se a comentar se terá ou não reunido com o presidente da FPF Gilberto Madaíl, reiterando que não pode adiantar detalhes.
''Estar a falar disto não é correcto. Só posso dizer que as coisas serão apresentadas com a dignidade e elevação que merecem. A minha decisão é não fazer comentários'', afirmou.
O campeão mundial sub-20 em 1989 e 1991 e antigo seleccionador AA falava no Parque Desportivo Carlos Queiroz, onde hoje teve início o primeiro campo de férias destinado a crianças entre os 4 e os 14 anos.
''Estou imensamente feliz. Deu-se o pontapé de saída desta escola, que teve um início muito difícil. Há mais de 15 anos que tenho este sonho de abrir uma escola e contribuir para um projecto desta natureza. Ter aqui quase 100 miúdos felizes, com um entusiasmo enorme é motivo de orgulho e satisfação'', afirmou Queiroz.
O projecto pessoal do técnico português irá dar outros passos, nomeadamente uma iniciativa no Algarve, com Queiroz a sublinhar que quer dar ''passos com segurança''.
Sublinhando que se trata de um projecto de oportunidades para todos, referiu que a iniciativa não é ''dedicada só aos talentos do futebol, mas a todos aqueles que querem ser talentos''.
''Todos os miúdos trazem dentro de si a paixão do futebol e o sonho de poderem ser grandes jogadores e estrelas de futebol'', observou Carlos Queiroz, confessando que é para estes o seu projecto, lamentando, no entanto, que no lote de cerca de 100 crianças nenhuma seja do sexo feminino.