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Queiroz recusa que particular com Brasil sirva para apagar má imagem

O seleccionador nacional negou hoje que o particular de futebol entre Portugal e Brasil, a 19 de Novembro, em Brasília, sirva para apagar a má imagem deixada nos encontros com Suécia e Albânia, na qualificação para o Mundial2010.

Queiroz recusa que particular com Brasil sirva para apagar má imagem
Futebol 365

O encontro foi hoje apresentado em conferência de imprensa realizada na sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), em Lisboa, com a presença de Carlos Queiroz e do seu homólogo brasileiro, Carlos Dunga.

Queiroz frisou na ocasião que a partida, a realizar no Estádio Walmir Campelo Bezerra, ''já tinha sido decidida antes do estágio para os jogos com Suécia e Albânia''.

''Quisemos vincar bem o percurso que estamos a fazer e este jogo é mais do que os confrontos com a Albânia e a Suécia. O nosso objectivo é prepararmo-nos bem e podermo-nos qualificar para o Mundial2010, na África do Sul'', disse o seleccionador de Portugal.

Depois de oferecer uma camisola da selecção portuguesa a Dunga, que treinou no Japão, Carlos Queiroz manifestou-se convicto que o jogo com a selecção brasileira ''traga dimensão para a equipa'' de Portugal e possa ''motivar e estimular'', depois dos nulos na visita à Suécia e na recepção à Albânia e antes do embate novamente com a formação sueca, a 28 de Março de 2009.

Classificando de ''muito importante'' o particular com a selecção ''canarinha'', Carlos Queiroz, que anuncia a convocatória para este compromisso a 13 de Novembro, considerou ''crucial aproveitar o melhor possível as oportunidades de preparação'' e assumiu mudanças no particular na capital brasileira, ''para que as decisões sejam mais sólidas'' no futuro.

''É um jogo de preparação, é trabalho, é treino e haverá coisas que vou gostar de experimentar, porque é uma excelente oportunidade para sabermos onde estamos. Não haverá um jogo tão bom como este'', frisou, acrescentando que ''é natural que apareçam algumas soluções diferentes do que aconteceu nos jogos com Suécia e Albânia''.

O seleccionador português acentuou ainda que ''se impõe alargar os horizontes'' na preparação da equipa nacional e, depois de destacar o trabalho desenvolvido pela FPF para concretizar ''esta situação quase única'', ressalvou a importância de Portugal defrontar ''um adversário com um futebol diferente do europeu''.

''Daqui até ao Mundial não haverá um jogo com um adversário deste nível. Dificilmente se criarão outras condições iguais a esta. Oxalá que sim, pois queríamos jogar com outras selecções como a Argentina, a Inglaterra e a Alemanha, porque a minha ideia de preparação de equipa nesta fase é desafiar as melhores selecções neste momento'', referiu.

Dunga também sublinhou a importância do encontro com Portugal em Brasília, não só por a selecção ''canarinha'' não realizar qualquer particular no Brasil há seis anos, como pela ''qualidade''.

''Quanto mais qualidade, melhor preparação'', notou o seleccionador da equipa do Brasil, que conquistou a Copa América em 2007 na vitória por 3-0 sobre a Argentina e foi medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim2008, mas não tem tido uma qualificação tranquila para o Mundial2010.

O treinador brasileiro rejeitou ''tanto negativismo'' e, depois de ter revelado a decisão de poupar Ronaldinho Gaúcho até 2009, mostrou-se confiante em que o Brasil possa inverter a série de duas derrotas nos últimos confrontos com Portugal, em 2003, no Porto, com 2-1 a favor dos portugueses, e a segunda em 2007, em Londres, por 2-0.

Dunga reconheceu ''o enriquecimento do futebol português'' e salientou a intenção de ''quebrar esse tabu'', que classificiou de ''mais uma dificuldade'', apesar de também ter mencionado ser mais ''um incentivo''.

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