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O seleccionador português de futebol, Carlos Queiroz, considerou hoje que o encontro particular no Brasil, quarta-feira, serve para tomar decisões, antes do “duelo” a sério com a Suécia, no qual não haverá margem de erro.
Carlos Queiroz comparou os jogos de preparação com as pré-temporadas dos clubes, em que têm de se “tomar decisões, arriscar, tomar iniciativas de sacrifício”.
“Se queremos estar à frente, se queremos ser campeões, se queremos ter uma equipa ganhadora, se queremos ir ao campeonato do Mundo, há este preço a pagar. Depois, no jogo contra a Suécia, a margem de erro nas decisões não existe”, afirmou.
Apesar dos resultados menos positivos nos últimos encontros de apuramento para o Mundial2010, o seleccionador português diz que mantém a tranquilidade, porque esta “resulta da confiança e das convicções no caminho” que está a ser traçado e, sobretudo, do “entusiasmo que é estar com uma equipa, que acredita, convictamente, que o objectivo é estar no Mundial”.
“Tudo o que se passa daqui até lá são conversas que ajudam a excitar este ambiente e a chamar a atenção sobre nós. Não há problema”, considerou.
Para Carlos Queiroz, o jogo de quarta-feira, em Gama, nos arredores de Brasília, “tem trabalho em todas as áreas, fora do campo, no espírito de equipa, mas também nos posicionamentos tácticos, na oportunidade de jogadores novos se afirmarem”.
“Além do resultado e da exibição, que são importantes, este jogo tem essas nuances todas que dizem respeito à preparação de uma equipa para o grande jogo que vem à nossa frente, que é a Suécia”, afirmou.
O defesa Pepe não tem sido utilizado nos últimos encontros do Real Madrid, vai viajar com a selecção portuguesa para o Brasil, tendo Carlos Queiroz garantido que a preocupação do clube espanhol com o estado do jogador “não é menor do que a da Federação”.
“Não há nenhuma baixa. Todos os jogadores que convocámos vão viajar connosco. Naturalmente que será minha responsabilidade gerir algumas decisões, que têm a ver com especificidades dos jogadores, mas sem afectar de maneira nenhuma o que pretendemos fazer”, referiu.
De regresso à selecção portuguesa está, mais de um ano depois, Tiago, um jogador pelo qual Carlos Queiroz tem “um apreço muito especial”.
“Desde que cheguei tenho vindo a estar em contacto com ele, incentivando-o, dando-lhe uma palavra de confiança, para que ele chegasse a esta oportunidade, que agarrou bem. Quando o Tiago teve a oportunidade, estava preparado. Temos de lhe dar mérito por isso”, adiantou.
Um dos estreantes nas convocatórias da selecção “AA” é César Peixoto, uma chamada que se enquadra na tentativa de “encontrar um bom balanço para o lado esquerdo”, realçando os nomes do bracarense, de Duda, Antunes, Jorge Ribeiro e Luís Boa Morte.
Uma das ausências mais notadas foi a de Nuno Gomes, mas Queiroz garante que “não há jogadores descartados”, lembrando que o “capitão” do Benfica “tem uma história de selecção e uma cultura de selecção que não pode ser desprezada”.
