Para Queiroz, o prestígio e a reputação exigem luta até ao fim, sem capacidade ou a falta de vontade de aprender não se tem lugar na selecção, embora alguns mereçam tolerância pelo que já deram à equipa e é preciso acreditar, apesar do caminho difícil.
''Todos têm e já tiveram oportunidade de mostrar empenhamento e atitude. Isto tem de servir de lição, de aprendizagem. Nós podemos tentar estimular e tentar chamar a atenção daquilo que é importante fazer. Depois compete, no momento certo, fazer e se não acontecer teremos naturalmente de tomar decisões para aquilo que é o significado de vestir a camisola da selecção'', disse Carlos Queiroz à chegada da comitiva da selecção a Lisboa.
Para o técnico, ''os jogadores estiveram presentes fisicamente, disponibilizaram-se (...) mas, quando chega a determinada altura, não é só a presença física. É preciso ter alma, cabeça porque há um preço a pagar em termos de sacrifício''.
E prosseguiu: ''há coisas a corrigir. Em todas as circunstâncias temos de estar de alma e coração sempre que a equipa nacional joga. O significado de vestir a camisa de Portugal tem de ser sempre a mil por cento em todas as circunstâncias''.
Para Carlos Queiroz, estes jogos ''são também períodos de aprendizagem''.
''Às vezes pensamos que aquilo que estamos a dar é suficiente e estas lições servem para perceber que é preciso fazer mais e melhor'', insistiu.
O seleccionador nacional disse aos jornalistas lamentar o resultado, que classificou como ''pesado demais'' para aquilo que foi ''o esforço'' de todos para jogar no Brasil.
Reconheceu também razão aos adeptos nos protestos (poucos) que se fizeram ouvir à chegada da comitiva a Lisboa.
''Os adeptos têm razão porque nós próprios não estamos satisfeitos com o resultado que aconteceu. Partilhamos do mesmo sentimento dos adeptos'', afirmou.
O treinador nacional de futebol respondeu ainda com um ''obviamente'' quando foi questionado sobre se acreditava no apuramento de Portugal para a fase final do Mundial2010, considerando que ''importante é o jogo com a Suécia, onde não há margem para erros'', porque vale três pontos.
Estes encontros amigáveis ''são jogos que temos de ensaiar, arriscar, tomar decisões para exactamente sabermos o que temos de esperar de tudo e de todos. Naturalmente que algumas coisas estão mais claras'', concluiu.