Portugal-Suécia: Dificuldades são «inspiração», garante Carlos Queiroz

''Essa dificuldade tem sido a fonte de inspiração que também precisávamos para estarmos ainda mais motivados para fazer este jogo'', vincou o técnico, na antevisão do desafio do Grupo 1, a disputar no Porto.

Queiroz retirou, no entanto, alguma pressão aos seus pupilos, lembrando que, após novo exigente teste, há ainda muito apuramento para disputar: ''naturalmente é um jogo importante, mas isto é uma maratona e ainda há muito para jogar. Para fazer a contabilidade só no fim''.

''É preciso pensar um jogo de cada vez. Estamos a jogar em casa contra um adversário directo, que está a competir connosco por um lugar na fase final. Queremos ganhar e a mensagem que quero vincar bem alto é que estamos preparados'', frisou.

A missão nacional afigura-se bem complicada: ''é um adversário difícil. Conhecemos bem a sua organização, disciplina, com jogadores muito compenetrados, concentrados nas suas obrigações, um sentido colectivo muito alto''.

''Portugal pode fazer isso no jogo. Jogar concentrado, com disciplina e organização está ao alcance de todos os jogadores profissionais, mas temos de acrescentar o jogo à portuguesa, com fantasia, criatividade, imprevisibilidade no jogo. Queremos colocar problemas à equipa da Suécia em todas as partes do jogo. Estamos preparados para isso. Temos jogadores para fazer isso'', resumiu.

O seleccionador desvalorizou a ausência do poderoso avançado sueco Ibrahimovic: ''é um jogador brilhante, mas o forte da Suécia é a equipa. Trabalham juntos há muitos anos. O treinador sabe o que pode esperar de cada jogador a cada momento. Tem uma cultura de jogo estabelecida e progressiva ao longo dos anos''.

''Têm muita experiência e maturidade. Não é o Ibrahimovic que me preocupa. Não é por causa dele que diminuímos ou não o respeito pela Suécia. Pelo contrário, sem ele a equipa fica muito forte colectivamente'', avisou.

O guarda-redes Eduardo e o lateral esquerdo Duda (adaptado ao lugar) devem estrear-se no apuramento, mais um risco que Queiroz enfrenta sem problemas: ''assumo as responsabilidades de todas as decisões. Estou absolutamente confiante e convicto de que são as melhores''.

''Observei todos os jogadores, vimo-los em casa e fora. Acompanhámos jogadores de Portugal através de observações directas da nossa equipa técnica e de vídeo. Temos toda a confiança em quem começar sábado o jogo. Estão bem e na melhor forma'', frisou.

Questionado pelos jornalistas suecos quanto à inexperiência dos guarda-redes convocados, Queiroz lembrou que ''menos experiência não significa menos capacidades, talento ou forma, ou que não estão prontos para jogar''.

O papel de Pepe também foi questionado, mas o treinador não abriu o jogo, admitindo apenas que pode jogar a central ou a trinco e que o luso-brasileiro está ''preparado'' e sabe ''perfeitamente'' o que espera dele em campo.