O Paços de Ferreira venceu hoje na receção ao Moreirense, por 3-0, construindo o merecido resultado no primeiro tempo, e reforçou o quinto lugar da I Liga de futebol, em jogo da 24.ª jornada.
Douglas Tanque foi a figura maior do jogo e da merecida vitória pacense, confirmada no primeiro tempo. O avançado brasileiro inaugurou o marcador para o Paços, aos 12 minutos, na transformação de uma grande penalidade, a castigar uma falta cometida sobre si, assistiu Luther Singh para o segundo, aos 20, e participou na jogada do terceiro, anotado por Hélder Ferreira, aos 44.
Com este triunfo, o Paços consolidou o quinto lugar, agora com 44 pontos, alargando a distância para o sexto Vitória de Guimarães, agora a nove e com um jogo a menos, enquanto o Moreirense, que não tinha perdido nos últimos três encontros, continua em oitavo, com 30.
Pepa repetiu a equipa que jogou e perdeu com o FC Porto (2-0), no Dragão, na última jornada, enquanto, no Moreirense, Vasco Seabra devolveu ao ‘onze' Fábio Pacheco, após cumprir castigo, juntando ainda Franco a uma equipa que se apresentou em campo sem o habitual titular Filipe Soares, suspenso por acumulação de cartões amarelos.
O jogo começou com o Moreirense algo atrevido, a querer jogar no meio-campo ofensivo, face a um Paços na expectativa, mas que conseguiu conter as ações contrárias e que, com bola, começou a apostar nas transições rápidas, uma estratégia que não demoraria a dar resultados.
Aos 10 minutos, Tanque, que assistiu e marcou no primeiro tempo, recebeu a bola e serviu na direita Hélder Ferreira, com o extremo pacense a rematar ainda de longe, mas suficientemente forte para Pasinato não segurar à primeira. Na tentativa de evitar a recarga, o central Ferraresi cometeu grande penalidade (validada pelo videoárbitro) sobre Tanque, que se encarregou do castigo máximo para inaugurar o marcador, aos 12 minutos.
O golo não alterou o registo das equipas e do jogo, disputado num ritmo moderado, e, volvidos 10 minutos, uma nova recuperação de bola a meio-campo valeu mais um golo ao Paços, numa jogada iniciada por Bruno Costa e continuada por Eustáquio e Douglas Tanque, responsável pela assistência para Luther Singh fazer o segundo do jogo.
O Moreirense tentou reagir, mas continuou sem criar perigo, acusando a ausência de um pensador de jogo como Filipe Soares, enquanto o Paços se manteve fiel à estratégia inicial, que lhe iria render o terceiro golo perto do intervalo, aos 44 minutos.
Em mais um lance de envolvimento coletivo, Tanque, ligeiramente recuado no campo para oferecer um apoio frontal aos colegas, recebeu e serviu Luther Singh, na esquerda, que cruzou para a conclusão de Hélder Ferreira, do lado contrário.
Pires e David Simão entraram no início do segundo tempo no Moreirense, mas esta aposta ofensiva ficou-se por mais alguma posse de bola e quatro pontapés de cantos praticamente consecutivos conquistados logo após o reatamento, continuando o Paços, inteligente a explorar as transições, a ser a equipa mais perigosa.
Tanque ficou perto de bisar aos 72 minutos, num remate de longe devolvido pelo guarda-redes Pasinato, com Bruno Costa, solto mas precipitado, a falhar, depois, a recarga, mas o resultado não voltaria a sofrer alterações, num jogo em que Paços e Moreirense alinharam com equipamentos alternativos, associando-se à campanha de sensibilização da Liga sobre o Racismo.