O seleccionador de futebol sub-21, Oceano Cruz, pensa em iniciar contra a Grécia uma série de quatro vitórias nos jogos que faltam da fase de qualificação para o Europeu de 2011, onde ainda espera estar.
''Já não há que pensar noutras coisas se não em vitórias. Será a primeira final e vamos fazer tudo para tentar controlar o jogo e o adversário, evitar os contra-ataques e interromper as jogadas de ataque no primeiro terço do terreno'', afirmou o técnico sobre o que a equipa deverá fazer terça-feira, na recepção à Grécia, em Olhão.
Para Oceano, ''ganhar os quatro jogos que faltam é a única coisa que se pode fazer'', uma vez que Portugal ''não tem influência nos confrontos dos seus principais rivais'', a Inglaterra (segunda, com 10 pontos) e a Grécia (líder, com 13), ''a não ser nos confrontos directos'' com a equipa das quinas (terceira, com quatro pontos).
''Perdemos pontos que não esperávamos, outros que não merecíamos, mas o facto é que perdemos'', admitiu o seleccionador, que prefere olhar para os que a selecção tem pela frente e não para o passado.
Oceano admitiu, no entanto, que a finalização tem sido uma das deficiências da equipa e é um dos capítulos do jogo em que ''está a faltar a capacidade necessária''.
O técnico considerou que em Portugal ''os jovens jogadores pensam que já sabem jogar porque controlam e dominam bem a bola'', mas ''a realidade é que para se jogar bem é necessário saber fazer o passe, o controlo e o remate''.
''Essa é a grande diferença para selecções como a Suécia, a Dinamarca, a Alemanha ou a Suíça e temos de estar atentos a isso para, quando nos defrontarmos com elas, dominarmos os três aspectos do jogo e aí fazer a diferença com a nossa capacidade técnica'', afirmou o treinador sub-21.
Oceano disse ainda que, contra a Grécia, em Olhão, vai mexer na equipa que sábado perdeu por 1-0 com a Inglaterra em Wembley, onde optou por ''um sistema táctico mais de controlo, com dois médios defensivos''.
''Vou mexer alguma coisa no 'onze' e vamos apresentar uma estrutura táctica mais ofensiva'', garantiu o técnico, sem querer adiantar mais pormenores para preservar o ''factor surpresa''.
Para Oceano, Portugal terá de ''jogar no último terço do campo'' contra a formação helénica para conseguir o primeiro dos quatro triunfos a que aspira, mas lembrou que o rival ''é uma equipa forte, que está a fazer uma excelente qualificação, tem jogadores fortes e extremos rápidos a sair para o contra-ataque''.
''Vamos ter postura ambiciosa e jogar para ganhar'', garantiu.